ATA DA DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 28-02-2011.
Aos vinte e oito dias do mês de fevereiro do ano de
dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi
realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Bernardino
Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Engenheiro Comassetto, Fernanda
Melchionna, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas,
Professor Garcia e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, o senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José
Oliboni, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Elói Guimarães, Haroldo de Souza,
Idenir Cecchim, Luiz Braz, Maria Celeste, Maristela Maffei, Mario Fraga, Mario
Manfro, Nilo Santos, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso
Flecha Negra e Waldir Canal. Após, foram apregoados os Ofícios nos
179, 180, 181 e 182/11, do senhor Prefeito, encaminhando, respectivamente, os
Projetos de Lei do Executivo nos 006, 007, 008 e 009/11 (Processos nos
0825, 0826, 0827 e 0828/11, respectivamente). Do EXPEDIENTE, constaram os
Ofícios nos 1189, 1200, 1200, 1208, 1211, 1312, 1342, 1379, 1609,
3011, 8854 e 9882/11, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde.
Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram
aprovadas as Atas da Sexta Sessão Ordinária e da Terceira Sessão
Extraordinária. Após,
por solicitação dos vereadores Reginaldo Pujol e Professor Garcia, foi
realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma aos senhores Moacyr Scliar
e Octávio Cardoso, falecidos no dia de ontem, e ao senhor Carlos Dario Lopes
Daudt, falecido no dia vinte e quatro de fevereiro do corrente, tendo-se
manifestado a respeito o vereador Pedro Ruas. Em GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se
a vereadora Fernanda Melchionna e o vereador Engenheiro Comassetto. Na
oportunidade, a vereadora Fernanda Melchionna e o vereador Nilo Santos
manifestaram-se acerca de atividades desenvolvidas em Porto Alegre pelo
Movimento Massa Crítica. Também, o senhor Presidente informou o agendamento,
para o dia sete de abril corrente, neste Legislativo, de Audiência Pública
para discutir a circulação de bicicletas em Porto Alegre, tendo-se manifestado
a respeito o vereador Reginaldo Pujol. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria do
vereador Paulinho Rubem Berta, Líder da Bancada do PPS, solicitando, nos termos
do artigo 218, § 6º, do Regimento, Licença para Tratamento de Saúde para o
vereador Elias Vidal, do dia de hoje ao dia nove de março do corrente, tendo o
senhor Presidente declarado empossada na vereança a suplente Maristela Maffei,
informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Urbanização, Transportes
e Habitação. Também, o vereador Airto Ferronato informou que no
dia dois de março do corrente, às dez horas, seria realizada a reunião de
instalação da Comissão Especial de Acompanhamento e Apoio à Copa do Mundo de
Futebol de 2014.
Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Tarciso Flecha Negra,
Maristela Maffei, Professor Garcia, João Antonio Dib, Adeli Sell, Pedro Ruas,
Airto Ferronato, Luiz Braz, Elói Guimarães e Reginaldo Pujol. Em TEMPO DE
PRESIDENTE, pronunciou-se a vereadora Sofia Cavedon. Na ocasião, a vereadora
Fernanda Melchionna e o vereador Pedro Ruas manifestaram-se, registrando o
interesse da Bancada do PSOL de comparecer nas quartas-feiras junto ao espaço
da Ouvidoria deste Legislativo instalado no Mercado Público Central de Porto
Alegre. Às dezesseis horas e cinco minutos, constatada a existência de quórum,
foi iniciada a ORDEM DO DIA. A seguir, foi apreciado Requerimento de autoria do
vereador João Antonio Dib, solicitando que o Projeto de Lei do Executivo nº
003/11 (Processo nº 0500/11) fosse considerado em regime de urgência e
submetido à reunião conjunta de Comissões Permanentes, o qual, após ser
encaminhado à votação pelo vereador Adeli Sell, foi retirado do rol de matérias
priorizadas para a presente Sessão, tendo-se manifestado a respeito os
vereadores Pedro Ruas, Fernanda Melchionna, Adeli Sell, João Antonio Dib e
Reginaldo Pujol. Em Votação, foram apreciados conjuntamente e aprovados os
Requerimentos nos 003 e 004/11 (Processos nos 0698 e
0770/11, respectivamente). Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 038/09
(Processo nº 1228/09), após ser encaminhado à votação pelos vereadores Nelcir
Tessaro, Reginaldo Pujol e João Antonio Dib. Em Votação, foi aprovado o
Requerimento nº 005/11 (Processo nº 0807/11). Após, foi apregoada a Emenda nº
01, de autoria do vereador Mauro Zacher, Líder da Bancada do PDT, ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 069/10 (Processo nº 1496/10), tendo-se manifestado a
respeito o vereador Reginaldo Pujol. Em Discussão Geral e Votação, foi
apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 069/10 (Processo nº 1496/10), após
ser discutido pelo vereador Reginaldo Pujol. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta
ao Projeto de Lei do Legislativo nº 069/10. Foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 069/10. Na oportunidade, em face de Questões de Ordem e
manifestações formuladas pelo vereador Reginaldo Pujol, a senhora Presidenta
prestou esclarecimentos acerca da tramitação, neste Legislativo do Projeto de
Lei do Executivo nº 021/10 (Processo nº 2792/10). A seguir, foi aprovado
Requerimento verbal formulado pela vereadora Sofia Cavedon, solicitando alteração
na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do Dia. Em Discussão Geral
e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 053/08
(Processo nº 2021/08), considerando-se rejeitado o Veto Total oposto, por vinte
e três votos SIM, após ser discutido pelos vereadores Sebastião Melo e
Reginaldo Pujol e encaminhado à votação pelo vereador Engenheiro Comassetto,
tendo votado os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Engenheiro
Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luciano
Marcantônio, Mario Fraga, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher,
Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon,
Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação
Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 012/10
(Processo nº 4226/10), em sua parte vetada, considerando-se mantido o Veto
Parcial oposto, por sete votos SIM, quatorze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após
ser discutido pelos vereadores Toni Proença, Mauro Zacher, Maristela Maffei,
Maria Celeste, Reginaldo Pujol, Carlos Todeschini, Luciano Marcantônio, Adeli
Sell, Airto Ferronato e Mauro Pinheiro e encaminhado à votação pelos vereadores
Toni Proença, Nilo Santos, Maristela Maffei e Reginaldo Pujol, tendo votado Sim
os vereadores Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Maria
Celeste, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro e Toni Proença, votado Não os vereadores
Airto Ferronato, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Haroldo de Souza,
Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Mario
Fraga, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos e Tarciso Flecha Negra e
optado pela Abstenção o vereador Sebastião Melo. Após, foi apreciado
Requerimento verbal formulado pelo vereador Sebastião Melo, solicitando a
transferência do período de Comunicações desta Sessão para a Sessão Ordinária
do dia três de março do corrente, o qual recebeu quinze votos SIM, em votação
nominal solicitada pelo vereador Carlos Todeschini, tendo votado os vereadores
Airto Ferronato, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elói
Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio,
Mario Fraga, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos e
Tarciso Flecha Negra, votação esta declarada nula pelo senhor Presidente, em
face da inexistência de quórum deliberativo. Na oportunidade, o vereador
Reginaldo Pujol manifestou-se acerca do Requerimento formulado pelo vereador
Sebastião Melo, de transferência do período de Comunicações desta Sessão. Às
dezessete horas e cinquenta e nove minutos, o senhor Presidente declarou
encerrada a Ordem do Dia. Na ocasião, o vereador Reginaldo Pujol formulou
Requerimento verbal, indeferido pelo senhor Presidente, solicitando renovação
da votação do Requerimento de autoria do vereador Sebastião Melo, de
transferência do período de Comunicações desta Sessão. Às dezoito horas e um
minuto, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo
vereador Reginaldo Pujol, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima
quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora
Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá e Toni Proença e secretariados pelo
vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída
e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico:
Atas da 06ª Sessão Ordinária e da 03ª Sessão Extraordinária. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, o
final de semana que passou foi marcado de forma muito indelével pelo passamento
de dois cidadãos de grande representatividade nas letras e na vida pública
brasileira. Estou me referindo especialmente ao Dr. Moacyr Scliar, que foi um
homem de letras do Rio Grande do Sul, acadêmico, com assento na Academia
Brasileira de Letras e que, depois de ficar enfermo por um período alongado,
acabou por perecer no último sábado. Quase que simultaneamente, também faleceu,
em Brasília, o Sr. Octávio Cardoso, que hoje é conhecido por ser esposo da
Senadora Ana Amélia, eleita pelo Rio Grande do Sul; nós já o conhecíamos de
longa data, uma vez que ele foi Vereador, Deputado Federal e Senador da
República. Então, essas duas figuras, que representam muito bem situações
especiais da vida brasileira, da literatura, das artes, da política, da
sociologia, deixaram-nos e, obviamente, estão recebendo as homenagens póstumas
dos mais diferentes lugares da sociedade brasileira. Sendo assim, eu proporia
que a Casa prestasse uma homenagem póstuma a eles com o nosso tradicional
minuto de silêncio, em respeito ao passamento do Dr. Moacyr Scliar e do
Deputado Octávio Cardoso.
O SR. PROFESSOR GARCIA: No final de semana
passada, também faleceu o Carlos Dario Daudt, irmão do ex-Deputado José Daudt,
figura pública da Cidade que muito contribuiu para a questão do desporto.
Então, eu gostaria de incluí-lo na homenagem póstuma.
O SR. PEDRO RUAS: Eu queria fazer um
registro em meu nome e em nome da Verª Fernanda Melchionna. O PSOL soma-se a
esses Requerimentos, tanto em relação ao conhecido esportista Carlos Dario
Lopes Daudt como em relação ao ex-Senador Octávio Cardoso e ao escritor e
médico Moacyr Scliar. São perdas importantes. Fazemos o nosso registro de pesar
e nos somamos ao Requerimento de um minuto de silêncio.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Deferimos o pedido.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Passamos
ao
GRANDE EXPEDIENTE
A Verª
Fernanda Melchionna está com a palavra
em Grande Expediente, por transposição de tempo com o Ver. Engenheiro
Comassetto.
A
SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, público que nos acompanha e que nos assiste pela TVCâmara, eu
gostaria de agradecer, em primeiro lugar, ao Ver. Engenheiro Comassetto pela
troca da ordem dos pronunciamentos em Grande Expediente.
O assunto que me traz
hoje à tribuna, no tempo de Grande Expediente, é justamente a barbárie a que
Porto Alegre assistiu nas ruas do bairro Cidade Baixa na sexta-feira à noite.
Há mais de um ano, em Porto Alegre, existe um movimento chamado Massa Crítica,
inspirado nos movimentos nascidos na década 90, em São Francisco; é um grupo de
pessoas, Ver. Pedro Ruas, que se organiza através de um movimento que, na
última sexta-feira do mês, vai às ruas com as suas bicicletas para fazer alusão
à necessidade de uma política para os ciclistas e à importância do uso da
bicicleta do ponto de vista da substituição do transporte individual e poluente
por meios alternativos como a bicicleta. O movimento objetiva chamar a atenção
para a necessidade de respeito aos ciclistas no trânsito da nossa Cidade, para
chamar a atenção para algo que se chama direito ao uso da Cidade, o que,
lamentavelmente, vem sendo tolhido aos ciclistas, como no caso em que foi
proibido a uma jovem o estacionamento da sua bicicleta no Mercado Público.
Mas nada, nada do que
aconteceu até hoje na nossa Cidade se compara à selvageria a que todos nós
assistimos na sexta-feira à noite. Nada se compara às cenas, que estão no You
Tube para aqueles que quiserem ver, de uma pessoa descontrolada que acelerou o
seu carro, atropelando quinze pessoas - quinze pessoas! - na Cidade Baixa. E aí
quero entrar nos argumentos, Ver. Pedro Ruas, que estamos acompanhando pela
imprensa, muitos deles lamentáveis, utilizados por esse cidadão e o seu
advogado. Quero entrar primeiro na única questão positiva: felizmente ninguém
morreu. Na cena que vimos no You Tube, o espantoso é que, com aquela
velocidade, felizmente, ninguém perdeu a vida, apesar de as vítimas sofrerem
pontos, fraturas e o trauma de assistir a uma cena brutal, algo que nos leva,
como comentou o Alexandre Garcia hoje de manhã, a pensar no que se chama “lei
da selva”.
Conforme o art. 29 do
Código de Trânsito, a pessoa que conduz um veículo motorizado é responsável
pela segurança das carroças, dos pedestres e dos ciclistas. E o que nós vimos
foi - e aí é fundamental entrarmos neste debate - uma tentativa de homicídio.
Não tem outro nome, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores! Nós, do PSOL, não vamos aceitar esse debate de que foi um
acidente! Para quem viu as cenas, ouviu as testemunhas oculares, viu o vídeo
gravado pelos ciclistas, inclusive pelos relatos a que assistimos, fica claro
que, enquanto o movimento dos 150 ciclistas fazia o seu “pedalaço” na rua, o
cidadão no seu carro - veículo motorizado, que, pelo Código de Trânsito, tem
que atentar para a segurança dos ciclistas e dos pedestres - não só perde a
paciência como acelera o carro. Isso mostra que não foi acidente; de acordo com
o Código Penal, é tentativa de homicídio culposo, porque foi uma aceleração que
poderia, Ver. João Antonio Dib, ter matado dezenas de ciclistas de Porto
Alegre. Por sorte não o fez, mas nada bane o trauma daqueles que assistiram à
cena, dos ciclistas; nada bane o debate sério que nós, como Vereadores de Porto
Alegre, temos que fazer com o Executivo e com a população acerca das bicicletas
e do direito ao uso da Cidade pelos ciclistas.
O segundo argumento,
que também chama a atenção, é o argumento usado de que os ciclistas não
avisaram a EPTC. Ora, Ver. Pedro Ruas, desde quando usar a bicicleta é crime ou
se configura um protesto? Na verdade, não se trata de protesto: trata-se de um
movimento para chamar a atenção, a solidariedade e para passar segurança para
aqueles que querem andar de bicicleta e muitas vezes não o fazem por medo do
trânsito de Porto Alegre. Desde quando é necessário avisar a EPTC quando se vai
sair de bicicleta? Esse é o ponto um. Ponto dois: de qualquer sorte, nada
justifica o ocorrido na Cidade Baixa. Nós não podemos aceitar - não podemos
aceitar! - o argumento de que a EPTC não foi avisada e colocar a culpa nos
ciclistas em relação a uma tentativa de homicídio que a Cidade viu na noite de
sexta-feira.
O Sr. Pedro Ruas: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento da oradora.) Obrigado, Verª Fernanda Melchionna. Em
primeiro lugar, cumprimento-a pelo
pronunciamento oportuno e importante. Nós estamos diante de um dos piores
exemplos da história do trânsito do nosso País em relação aos ciclistas. E quero
contribuir, rapidamente, da seguinte maneira, se possível: primeiro, a
tentativa é dolosa, é uma tentativa de homicídio, sim, e V. Exª tem razão,
absoluta razão. Segundo, há um conjunto de pessoas atingidas, houve feridos e
há delito materializado, além daquele da intenção clara de homicídio. Terceiro,
a nossa Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação, a CUTHAB, está à
disposição de V. Exª, de todos os Vereadores da Casa e de todos os movimentos
sociais de Porto Alegre. Em relação ao Massa Crítica, teríamos muita honra em
recebê-los e conversarmos. Tenho certeza de que falo em meu nome e em nome dos
Vereadores Engenheiro Comassetto, Elias Vidal, Alceu Brasinha, Nilo Santos,
Paulinho Rubem Berta; estamos todos à disposição. Por último e não menos
importante, quero registrar que o que V. Exª faz neste momento é conclamar a
Cidade a uma conscientização de que não é só esse o delito - e esse é
gravíssimo -, há outros delitos de trânsito que são secundarizados, e, o que é
pior, geralmente se põe à culpa na vítima. Então, parabéns pelo pronunciamento.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada, Ver. Pedro Ruas. É exatamente o que
estamos vendo acontecer, a tentativa de repassar às vítimas a culpa por uma
tentativa clara de homicídio doloso, como me coloca o Ver. Pedro Ruas.
Homicídio doloso é quando há a intenção de dano, e foi, de fato, o que
aconteceu: o motorista, deliberadamente, acelerou sobre os ciclistas na noite
de sexta-feira.
O Sr. Mauro
Zacher: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Obrigado, Verª
Fernanda. De fato, Ver. ª Fernanda Melchionna, nós estamos bastante perplexos
com a tamanha brutalidade do motorista, o Ricardo, que atropelou quinze
ciclistas que, naquele momento, estavam fazendo um movimento legítimo, pedindo
respeito e espaço em relação a algo que já existe no Código de Trânsito, algo
que foi aprovado aqui com o Plano Diretor Cicloviário. Estamos aprofundando o
debate e querendo que a Cidade tenha esse espaço garantido; talvez não se consiga
uma ciclovia, porque a Cidade não comporta um espaço único, mas as ciclofaixas,
onde os motoristas têm que ter mais cuidado.
É um dia de muita tristeza. E eu tenho, ao longo
dos anos, debatido e tentado, de alguma maneira, contribuir aqui, através da
nossa tribuna, das nossas Comissões ou de audiências públicas, para que haja
resultados em cima disso. Talvez agora consigamos avançar. Esse não é apenas um
processo que o Executivo tem que implementar, é um processo que vamos ter que
construir com os ciclistas em prol de motoristas muito mais responsáveis em
nossa Cidade. Saúdo Vossa Excelência pela iniciativa.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada, Ver. Mauro Zacher.
Certamente que esse ocorrido, além das
responsabilizações penais que são necessárias e da desconstrução dos argumentos
de que foi um acidente... Está bem claro para aqueles que assistiram ao vídeo e
ouviram as testemunhas de que se tratou de uma tentativa de homicídio por parte
do motorista, então que ele seja responsabilizado por aquilo que determina o
Código Penal - o homicídio doloso. Isso é necessário, fundamental e urgente.
Segundo, esse movimento nos abre a possibilidade,
Ver. Airto Ferronato, de debater com a Cidade e com o Executivo a respeito de
três questões fundamentais: a implementação do Plano Diretor Cicloviário. Nesta
Câmara, votamos um Plano que determinava a construção de 495 quilômetros de
ciclovias e ciclofaixas na cidade de Porto Alegre. Estamos em 2011, e esse
Plano mal saiu do papel, tendo apenas o trecho do bairro Restinga, que, sido
terminado, já apresenta problemas. É fundamental fazermos o debate da
implementação imediata do Plano Diretor Cicloviário. Também há a necessidade,
Ver. Airto, de instituir os bicicletários na cidade de Porto Alegre, as pessoas
não vão trabalhar de bicicleta porque têm medo de andar com esse veículo no
trânsito e porque não têm onde estacionar as suas bicicletas. Apesar de haver
leis, não existe a aplicação da lei dos bicicletários.
O terceiro ponto é de que há a necessidade urgente,
imediata, de uma campanha de educação para o trânsito que passe pela
valorização e respeito dos ciclistas e pelo cumprimento do Código de Trânsito
no que se refere ao tema de que o veículo motorizado é o responsável pela
segurança dos ciclistas, dos pedestres e das carroças.
O Sr. Airto
Ferronato: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Agradeço por
conceder-me o aparte. Eu também estava pensando em vir à tribuna para falar
sobre o tema. Quero cumprimentar V. Exª pela exposição, pela posição que toma,
e dizer da importância que é esse assunto no contexto da nossa Cidade. É muito
difícil, quase impossível, zelar pelo espaço hoje do andar de bicicleta na
Cidade, até pela demonstração que se dá de quão preparado está o nosso
motorista de automóvel: o senhor dono do mundo que entende ser o maioral,
porque está andando com um carro na Cidade...! Porto Alegre - o Ver. Mauro tem
razão - precisa, sim, dessa ciclovia com urgência. Em segundo lugar, quando eu
apresentei aquela proposta, que foi debatida com diversos Vereadores, sobre
reservar um espaço à margem do Guaíba às ciclovias, eu perdi aqui. Nós
aprovamos, o Prefeito vetou, e foi mantido o Veto, dizendo que nós não teríamos
competência sequer para dizer que, no futuro, nós teremos. Ainda defendo a
ideia de que Porto Alegre, de que as grandes cidades precisam, sim, de
automóveis, ônibus e metrô, mas também, necessariamente, precisam olhar com
atenção a questão da bicicleta, como meio de se andar de um lado para o outro
na nossa Cidade. Era isso que eu gostaria de registrar. Obrigado.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada, Ver. Airto.
O último tema que eu queria trazer, o Ver. Airto já
antecipou - quero agradecer-lhe e concordar -, tem a ver com questão do direito
à Cidade. Estamos debatendo uma Cidade em que, sistematicamente, as pessoas vêm
sendo tolhidas do seu direito ao uso da Cidade. Quando uma passagem de ônibus,
por exemplo, custa 2,70 reais, estamos tolhendo as pessoas do uso à Cidade.
Ocorre também, lamentavelmente, quando do aumento abusivo da passagem de ônibus
acima da inflação; quando vemos o desrespeito sistemático aos ciclistas e ao
uso de suas bicicletas; quando Porto Alegre não consegue, apesar de um grande
clamor popular, de várias tentativas, o metrô e a substituição do que existe
por um transporte mais limpo, de menor custo e mais rápido para a nossa
população. Houve falhas tanto do Governo Federal e do Prefeito Fogaça na busca
pelo metrô quando da criação dos Portais da Cidade.
Portanto, o debate que o movimento Massa Crítica
faz com relação aos ciclistas, à bicicleta, ao respeito e à necessidade de
trocar o modelo do transporte individual pelo transporte alternativo, menos
poluente, é fundamental para um mundo que está cada vez mais complicado...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Por favor, Verª
Fernanda Melchionna.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, perguntaram-me, quando saía da
tribuna, a respeito das movimentações. Primeiro, o movimento Massa Crítica fará
amanhã uma atividade, novamente, em relação ao ocorrido, sairá do Largo da
Epatur. Quem não quiser usar a bicicleta, pode ir a pé, para se solidarizar com
o movimento. Segundo, nós vamos certamente solicitar à CUTHAB que realize uma
reunião para tratar desse tema, como bem falou o Ver. Pedro Ruas, tema que é
fundamental para o futuro de Porto Alegre e para o direito da nossa população
que usa bicicleta.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Feito o registro, Vereadora.
O SR. NILO
SANTOS: Sr. Presidente, faço uma sugestão aos organizadores: se um grande número
de ciclistas sair às ruas, que comuniquem a EPTC, para que não ocorra mais esse
tipo de tragédia. Obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Feito o registro, Ver. Nilo Santos.
Quero comunicar aos Srs. Vereadores e às Sras
Vereadoras que a Mesa marcou uma Audiência Pública para o dia 07 de abril, para
discutir a Mobilidade por Bicicleta.
O Ver. Elias Vidal solicita
Licença para Tratamento de Saúde no período de 28 de fevereiro a 09 de março de
2011. A Mesa declara empossada a Suplente Verª Maristela Maffei, nos termos
regimentais, que integrará a CUTHAB. Seja bem-vinda, Vereadora.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Presidente, V. Exª informou que a Mesa estaria
convocando para o dia 07 de abril uma Audiência Pública para tratar da
mobilidade urbana. Eu pergunto a Vossa Excelência: esse é aquele seminário que
nós tínhamos acordado ou é pontual para esse último episódio que ocorreu?
O
SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Essa Audiência Pública será para discutir só a
questão do ciclismo.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Então, é pontual; não é o seminário amplo.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Não, não é o tema da Cidade.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Muito obrigado.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Meu caro Presidente, eu queria lembrar ou relembrar - até gostaria que
a própria Mesa fizesse esta observação, porque já fizemos convites - que no
próximo dia 2, quarta-feira, às 10h, aqui na Câmara Municipal, nós teremos a
nossa instalação da Comissão Especial da Copa de 2014. Era isso. Obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra em
Grande Expediente.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, lideranças comunitárias aqui presentes, senhoras e senhores, eu
quero tratar hoje, neste Grande Expediente, dos temas: desenvolvimento urbano,
expansão urbana, qualificação política do planejamento e serviços necessários
em Porto Alegre. Temos tido o prazer de coordenar aqui nesta Casa a Frente
Parlamentar pela Reforma Urbana e temos construído, com um número grande de
colegas Vereadores, um conjunto de políticas, e essas políticas estão começando
a se concretizar nesse momento.
Um dos temas que tratamos e que nasceu aqui nesta
Casa em função da Vila Chocolatão foi a falta de energia elétrica nas vilas
irregulares. Essa falta de energia elétrica nas vilas irregulares faz com que
as pessoas puxem ilegalmente a energia elétrica, o que ocasiona um conjunto de
prejuízos para todos: para os moradores, que passam a sofrer risco de vida, porque
os incêndios acontecem com constância; e para a própria companhia, que tem essa
energia perdida. Nós construímos aqui a proposta, com a Procuradoria Municipal,
com o Governo do Estado, com o Diretor da CEEE, o Sérgio Camps, que veio aqui a
esta Casa, de trabalharmos o Projeto Luz para Todos Urbano. Relato aqui que
esse trabalho está bem avançado, o Secretário Beto Albuquerque recebeu a
demanda desta Casa e já assumiu o compromisso de construir o Projeto Luz para
Todos Urbano. Nesse sentido, eu cumprimento os funcionários da CEEE, dos quais
temos o prazer da visita; o José da Carlos da Silva e o Édson Manaré da Rosa,
que acompanham o debate internamente, junto com outros. Temos que sempre
lembrar da Rosane e dos demais engenheiros da CEEE que contribuíram com esse
debate.
Portanto, o Projeto Luz para Todos Urbano,
constituído e trabalhado aqui pela Frente Parlamentar da Reforma Urbana, junto
com os colegas Vereadores de outras Frentes, está saindo do papel para se
tornar um programa de Estado. Esperamos que, nos próximos dias, Ver. Nelcir
Tessaro, esta Casa possa receber o Secretário Estadual de Infraestrutura e
Logística e a Presidência da CEEE, para que possamos anunciar para a Cidade o
Programa. Não se trata mais daquela ação em que, individualmente, nós aqui
acolhemos as demandas e corremos para lá, como foi o caso da Vila Chocolatão -
ao que tudo indica, nos próximos dias, essa vila também será reassentada. Esse
é um tema, dentro do planejamento urbano, que gostaríamos de dizer que tem
avançado, e avançado muito.
Outro tema importante, e aqui eu cumprimento...
O Sr. Airto
Ferronato: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Antes que V. Exª entre
no próximo tema, muito rapidamente eu quero fazer um registro, primeiramente
cumprimentando V. Exª por capitanear esse processo. Esse ato de capitanear é
coletivo, até porque nós temos diversos Vereadores que fazem parte dessa
Frente.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Ver. Ferronato, além do senhor, fazem parte os
Vereadores Toni Proença, Paulinho Rubem Berta, Nelcir Tessaro, Nilo,
Todeschini, enfim, um conjunto de colegas Vereadores. Se formos nominá-los,
sempre alguém ficará fora. É um trabalho coletivo desta Casa.
O Sr. Airto
Ferronato: Então, eu quero fazer o registro desse trabalho coletivo e dizer que
essa iniciativa, esse começo, a discussão deste tema tem uma extraordinária
importância para a cidade de Porto Alegre, em especial para as pessoas mais
carentes que moram em regiões irregulares. Quero dizer dessa importância e
parabenizar a Câmara Municipal por estar capitaneando esse processo bastante
positivo para a Cidade. Obrigado.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Também quero trazer à Casa outro tema, que é o da
reestruturação urbana no que diz respeito à Região Sul de Porto Alegre - aqui
eu vejo muitas lideranças do Chapéu do Sol, da Hípica, da Restinga. Na última semana, finalmente, o Prefeito Municipal José Fortunati
assinou com o Hospital Moinhos de Vento o contrato para o início das obras do
Hospital da Restinga. Todos sabem que nós nos envolvemos nesse processo desde o
primeiro momento, buscamos que o Presidente Lula assinasse o Decreto dando a
filantropia para o Hospital Moinhos de Vento, que se montasse um projeto e que
o recurso fosse direcionado para aplicação na Região Sul, para a saúde integral
da Restinga e Extremo-Sul, com a construção do Hospital da Restinga. Vejo aqui
o Ver. Professor Garcia, que, quando estava na SMAM, alcançou a licença
ambiental para a construção desse grande equipamento para a cidade de Porto
Alegre. Na última semana, então, o Prefeito Fortunati deu a ordem para o início
das obras do Hospital da Restinga, que contará com 120 leitos, com um
investimento de 68 milhões de reais, com um total de 18 mil metros quadrados de
área construída. O Hospital da Restinga, que é para a Região Sul e Extremo-Sul,
terá também Equipes de Saúde da Família e de Saúde Bucal. Essa é mais uma
conquista que a comunidade da Restinga e Zona Sul alcançam, junto com vários
outros trabalhos.
Também quero
registrar que, no último sábado, tive a satisfação de representar esta Casa,
junto com o Ver. João Carlos Nedel, numa luta muito antiga da cidade de Porto
Alegre e da Região Sul: a extensão dos serviços de táxi-lotação para aquela
região - depois de longas discussões e de uma batalha, pode-se dizer. Vejo aqui
o Ver. Waldir Canal, que foi Presidente da CUTHAB. Há dois anos realizamos lá
na Hípica uma Audiência Pública, e, naquele momento, a EPTC não se fez
presente. Cumprimento a Kátia Helena e as demais lideranças da Hípica que no
último sábado tiveram o privilégio de receber a extensão dos táxis-lotações até
a Estrada Gedeon Leite. Essa é uma conquista da comunidade. O Prefeito
Fortunati é sensível a essa demanda, mas ela é insuficiente para aquilo que a
região precisa, porque a Região Extremo-Sul é a que mais cresce
urbanisticamente no Estado do Rio Grande do Sul. Naquela região, num trecho de
três mil metros, nos últimos dez anos, foram construídas oito mil unidades
habitacionais, e para lá estão projetadas, para os próximos quinze anos, mais quinze mil
unidades habitacionais. E os serviços públicos têm que acompanhar o avanço
populacional, seja em relação ao transporte público ou a outro serviço.
No sábado, tivemos o prazer, o Ver. João Carlos
Nedel e eu, juntamente com a Associação dos Transportadores de Passageiros por
Lotação de Porto Alegre, a ATL, de fazer essa discussão. Ainda não é uma
discussão concluída, porque foi até a Estrada Gedeon Leite, e o serviço de
lotação precisa ser estendido para toda a Hípica, para o bairro Restinga na sua
totalidade, principalmente agora, porque, com a construção do Hospital e da
Escola Técnica Federal, será necessário esse serviço qualificado; precisa ser
estendido para Belém Novo, também para os bairros Lajeado e Lami. Portanto,
precisamos fazer esse debate.
O Secretário Cappellari, quando veio a esta Casa no
final de dezembro, na nossa Comissão, a CUTHAB, autorizou a Câmara a fazer esse
debate e a auxiliar o Executivo na reformulação da legislação. Ver. Mario
Fraga, V. Exª sabe que a comunidade de Belém Novo necessita desse transporte de
táxi-lotação. Vamos fazer esse debate na Casa nos próximos dias, os Projetos de
Lei oficializando as linhas de táxi-lotação já estão tramitando, Ver. Reginaldo
Pujol, há uma lei de sua autoria, aprovada desde 1998, para a Restinga, mas que
nunca foi efetivada.
O Sr.
Reginaldo Pujol: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Eu queria, Ver. Comassetto, valendo-me da gentileza de V. Exª, que me abre a
possibilidade do aparte, exatamente me referir ao que V. Exª está colocando.
Nós temos leis aprovadas pela Casa desde o século passado - 1998 foi no século
passado - que, por várias razões, não foram até hoje transformadas efetivamente
em realidade. Eu sei que V. Exª está tentando fazer algumas alterações de
enquadramento do tipo de equipamento que deveria rodar numa futura linha da
Restinga. Eu não tenho a menor pretensão de ser autor da ideia, o que eu quero
é a solução do problema. Então, se eu puder contribuir com V. Exª naquilo que
for razoável, evidentemente, como de resto em outra situação, V. Exª vai contar
com a minha colaboração, mas, em verdade, não existe nenhum impedimento de
ordem legal que hoje crie óbice à existência da linha de táxi-lotação lá para a
Restinga, poderá existir de ordem econômica, aí é outro detalhe; não sou eu
quem vai avaliar essa situação, tampouco V. Exª, os técnicos têm que justificar
por que não cumprem a lei, que desde 1998 está à sua disposição. Era isso.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Muito obrigado, Ver. Reginaldo Pujol. Certamente, o
senhor já efetuou um trabalho nesta Casa, com a lei aprovada desde 1998; também
outros colegas aqui, como o Tessaro, apresentaram Projeto de Lei, o qual
tramita juntamente com o nosso. A nossa proposta oficializa um conjunto de
linhas de táxi-lotação para a região, para a totalidade da Restinga, não
contraria a lei do Ver. Pujol. Queremos fazer esse debate justamente para
potencializar o tema; como vem para Belém Novo, vem para o Lami, vem para o
Lajeado. O táxi-lotação não concorre com o ônibus; o táxi-lotação retira das
ruas o automóvel, que é o que está entupindo as ruas hoje. Se nós tivermos
lotações fluindo, isso auxiliará na qualidade do transporte.
A lei que aqui apresentamos permitirá que os
táxi-lotações possam aumentar de 21 para 25 lugares a sua lotação, porque hoje
a lei permite somente 21 lugares. Nós estamos propondo que, para as linhas com
mais de 44 quilômetros, ida e volta - a mais longa é a do Guarujá -, possa se
elevar de 21 para 25 o número de lugares. Isso ajuda nos custos do prolongamento
das linhas e a sua viabilização. Acreditamos, Ver. Pujol, que com isso
estaremos enfrentando o debate da qualificação e da viabilização econômica
desse serviço.
O Sr. Aldacir
José Oliboni: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Comassetto,
eu estava atento ouvindo seu discurso e queria concordar com algumas questões
que V. Exª aqui levanta. E quero sugerir, já que V. Exª tem uma forte atuação
lá na Restinga, que se faça uma ação da Câmara de Vereadores sobre os dois
grandes projetos que para lá estão sendo elaborados: o Hospital, com a parceria
do Moinhos de Ventos, e a Escola Técnica da Restinga. É importante para nós,
Vereadores, sabermos se, de fato, as contrapartidas estão acontecendo; pelo que
a gente sabe, estão acontecendo, mas é importante nós acompanharmos. Como é da
rotina da atual Presidência fazer visita todas as sextas-feiras, estou propondo
a V. Exª, que é da região, que nos convide e nos oportunize a ida ao local.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Muito obrigado, Ver. Oliboni. Eu creio que, com o
conjunto de lideranças, poderemos in loco
fazer essa análise da evolução lá na região. Ver. Flecha Negra, o senhor, que
trabalha lá na Ponta Grossa, sabe o que está acontecendo com a expansão urbana.
Eu concluo a minha fala de hoje cumprimentando o
conjunto de lideranças que está aqui, em virtude do tema que trataremos daqui a
pouco, Ver. Mauro Zacher, que é a identidade de alguns bairros da região. E há
estabelecido nesta Casa, com o Líder, Ver. João Antonio Dib, um acordo político
para que nós possamos, definitivamente, transformar em lei aquilo que já está
aprovado aqui nesta Casa, que é a afirmação e a expansão do bairro Hípica, bem
como do bairro Chapéu do Sol e do Campo Novo. Então, cumprimento as lideranças
presentes e espero que possamos analisar esse Projeto com o acordo já
estabelecido com o Planejamento, que poderá, em um período de seis meses, fazer
os ajustes dos limites, nesse diálogo ainda necessário, se assim o entender,
com as lideranças comunitárias de toda a região.
Esta é a minha contribuição hoje neste Grande
Expediente, com os colegas Vereadores e Vereadoras, porque aqui não se faz nada
sozinho. Com os trabalhos que vimos desenvolvendo na Frente Parlamentar da
Reforma Urbana, pretendemos dar continuidade ao planejamento urbano e buscar,
na execução dos serviços, a qualificação da Cidade e a qualificação da Região
Sul de Porto Alegre. Um grande abraço. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Boa-tarde, Sr. Presidente, DJ Cassiá; boa-tarde, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras; boa-tarde a todos que nos assistem. Hoje poderia ser um dia, nosso
querido Ver. João Dib, somente de muita felicidade, de muita alegria. Para mim,
é um dia de muita emoção, mas também de tristeza, pelo que aconteceu no fim de
semana com os ciclistas. É lamentável que isso ainda aconteça na era do
computador. Mas quem sou eu para julgar? Temos a nossa Justiça para julgar.
Eu quero falar de uma coisa muito importante e
agradecer, de coração, aos 35 Vereadores. Sem a sensibilidade dos 35
Vereadores, o Projeto Kit Escolar...
Os kits foram entregues hoje na
Escola Neuza Brizola, pelo Sr. Prefeito, pela nossa Secretária da Educação, a
Cleci, que esteve presente no início da luta. O Projeto nasceu em 2003, eu
ainda não era Vereador. Em 2009, jogou-se a semente. E aqui está o fruto dessa
árvore: um kit escolar para todas as
crianças do Ensino Municipal. Eu posso falar bem sobre o kit escolar, que é um material gratuito, pois eu vim de uma família
muito humilde, com nove irmãos. De manhã, eu ia à escola com um lápis, e, à
tarde, meu irmão ia com o meu lápis. Assim, vice-versa, a gente trocava. Eu
observei muito as crianças dentro da comunidade na qual eu trabalho há
dezessete anos. Sem educação, Ver. Oliboni, não existe futuro. Sem educação,
não existe cidadão de bem. Então, é o mínimo que nós, Parlamentares, temos de
dar para nossas crianças.
Graças a Deus, os 35 Vereadores foram sensíveis ao
Projeto, que, hoje, não é só do Tarciso, mas da cidade de Porto Alegre, é das
crianças. Está aqui (Mostra o kit.): kit escolar para todas as crianças da
Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. Então, eu quero agradecer a sensibilidade
do nosso Prefeito José Fortunati e da nossa Secretária Cleci: muito obrigado!
Muito obrigado mesmo, porque eu passei por dificuldades para chegar aonde
cheguei hoje, como um cidadão de bem. Muito obrigado aos 35 Vereadores; sem
eles, esse golaço o Tarciso não teria feito. Para fazer um golaço, alguém tem
que cruzar, e quem cruzou essa bola foram os 35 Vereadores. Obrigado!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA.
MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, senhoras e senhores, primeiro eu gostaria de dizer da satisfação de
estar novamente nesta Casa. A gente, quando fica um pouco de tempo afastada,
fica com muitos assuntos e muitas coisas para falar, porque, quando não estamos
atuando aqui, em algum lugar nós estamos trabalhando. E esse é o nosso jeito de
fazer política. Quero cumprimentar as lideranças da Hípica, lá da Zona Sul;
contem conosco, com a nossa Bancada, nessa luta tão importante.
Como moradora da região, antes de qualquer assunto,
gostaria de falar um pouco e rapidamente das questões que nos afligem e também
das coisas boas que acontecem na Lomba do Pinheiro, na Zona Leste de Porto
Alegre. Nós não paramos de trilhar, e, após doze anos de luta, com o dinheiro
parado do Governo Federal, do QualiSUS, agora nós conseguimos inaugurar, Ver.
Nilo Santos, Ver. Nelcir Tessaro, mais um posto de saúde para o Programa de
Saúde da Família. A nossa região é uma das regiões de Porto Alegre que mais têm
conseguido conquistar os postos de
saúde para o Programa de Saúde da Família. Para nós, essa é uma prioridade, a
luta pelo nosso futuro hospital, e, por uma emenda técnica desta Vereadora,
fizemos a reserva na nossa região para traçarmos essa estratégia, como na
questão da prevenção. E essa questão do 100% SUS é a nossa luta, assim como nós
temos no Hospital Conceição e vamos trilhar isso para toda a nossa Cidade,
porque é nisso que nós acreditamos. Então, eu quero parabenizar a comunidade da
Santa Helena por mais essa vitória; temos tido um excelente relacionamento com
os profissionais de Saúde daquela área.
Outra questão, Ver. Dib, que nos aflige bastante é
a questão da Educação, a Educação que nos é tão cara. Aproveito para trazer
aqui a questão do esporte e do lazer como uma questão de desenvolvimento
humano. No ano passado, nós realizamos a 3ª Conferência Nacional dos Esportes e
ali aprovamos dez diretrizes. Encaminhamos uma grande parte dessas diretrizes,
inclusive a questão do Programa Segundo Tempo, para que se tornassem políticas
públicas através de uma lei do Executivo Federal, ou seja, por intermédio da
Presidente da República, para depois serem implementadas junto à Comissão de
Educação Nacional. O que nos deixou bastante entusiasmados nessa caminhada é
que agora, por meio de investimentos do Ministério da Justiça, do Ministérios
do Esporte e do Ministério da Cultura, conquistamos a Praça da Paz, que será
implementada na Lomba do Pinheiro, bem como outra praça, a ser implementada na
Restinga. Uma delas será implantada no bairro Restinga Velha, com sete mil
metros quadrados - o Ver. Comassetto talvez não esteja informado disso, mas o
Ver. Pujol já está sabendo dessa luta -, e outra será na Lomba do Pinheiro,
também com sete mil metros quadrados. Serão implementadas oitocentas praças em
todo o Brasil, sendo duas em Porto Alegre, e as obras dessas duas praças terão
início ainda este ano, por meio de investimentos do Ministério da Justiça, do
Ministério do Esporte e do Ministério da Cultura.
Na semana passada estivemos com o Orlando Silva e
com o Prefeito Fortunati na parada 13 da Lomba do Pinheiro, onde teremos um
centro cultural com atividades poliesportivas, cinema, teatro, televisão. Será
instalado um complexo naquela região e no bairro Restinga - digo isso no
sentido de informar as lideranças da Hípica aqui presentes. Haverá um
investimento, em cada uma delas, de 3,3 milhões de reais, e estamos formando,
agora, uma comissão que acompanhará essas obras desde o início. Também esteve
lá presente a sempre Vereadora Margarete Moraes, que vai acompanhar essa
implementação juntamente conosco. Eu coordeno, na Lomba do Pinheiro, a Comissão
de Cultura, Esporte e Lazer, ou seja, além de estar Vereadora, também tenho o
orgulho de, com a comunidade, implementar esse trabalho, e vamos estar, junto
da Restinga, também discutindo com as lideranças.
A Restinga Velha é a área mais carente da Restinga,
Ver. Dib, e lá é necessário, dentro da cruzada contra o crack, que se estabeleça o esporte como meio de desenvolvimento
humano, o que é fundamental, embora não baste apenas a Educação Física. O
desenvolvimento humano passa pelo esporte, que deve ser excepcionalmente para
apenas alguns, deve ser um direito de toda a sociedade, para termos grandes atletas
e grandes heróis, melhorando alguns indicadores sociais que temos. Por
enquanto, era isso, Verª Sofia Cavedon. Obrigada pela tolerância, mas a
ansiedade de trazer algumas...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pela oradora.)
(A Verª Sofia Cavedon assume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Verª Maristela.
Boa-tarde a todos. Eu tinha agenda com o Chefe de
Gabinete do Governador, numa mobilização de Porto Alegre, por isso cheguei
neste momento. Agradeço ao Ver. DJ Cassiá pela condução da Sessão.
O Ver. Professor Garcia está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, senhoras e senhores, primeiramente quero abordar a extensão da
linha de lotação Ipanema, que, neste sábado, foi até o loteamento Nova Ipanema.
Entendemos que deveria ir um pouco mais, até Moradas da Hípica, porque as lutas
por melhorias no transporte coletivo sempre foram conjuntas. Seja através do
lotação, seja através do ônibus, sempre foram para as duas localidades, e ela
para ali, na questão do loteamento Nova Ipanema. Estive lá, inclusive, às 10
horas de sábado, e nove lotações estavam naquele local.
O assunto que me traz em Comunicação de Líder é que
hoje é o Dia Mundial da LER/DORT. Sou o autor da Lei Municipal nº 9.504, de
2004, que instituiu, em Porto Alegre, a Semana Educativa de Prevenção à
LER/DORT. Nesta Semana, inúmeros especialistas estão debatendo o tema. Deixei
na mesa de cada colega Vereador a programação, com a lista dos painelistas.
Está ocorrendo no auditório do Sindec, e mais de cem pessoas participam do
evento.
As Lesões por Esforços Repetitivos ou os Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho são hoje considerados, pela
Organização Mundial de Saúde, uma questão de Saúde Pública. A própria
Organização Mundial de Saúde constatou que muitos trabalhadores - são 30% nos
países desenvolvidos e 50% a 70% nos países em desenvolvimento - realizam suas
tarefas em situações ergonomicamente inadequadas; sobrecarregados fisicamente,
estão sujeitos à ocorrência de acidentes e ao adoecimento, principalmente por
LER/DORT. No Brasil, o aumento da incidência de LER/DORT pode ser observado nas
estatísticas do INSS de concessão de benefícios por doenças ocupacionais.
Dores musculares, cansaço, dificuldade para dormir,
falta de concentração, queda na produção, insatisfação, desânimo - muitos não
sabem, mas esses sintomas podem ser sinais de um problema que vem acometendo
mais e mais pessoas, em casa ou no trabalho, que são as LER/DORT. Mesmo com
empresas e funcionários atentos a esse tipo de problema, os especialistas
chamam atenção: ainda existe negligência quanto ao assunto, muitas pessoas
acreditam que a doença é psicológica e que não se deve levá-la em consideração.
Além disso, muitos casos não são notificados ao INSS, porque o funcionário tem
medo de ser considerado incapacitado e perder o emprego.
A Organização Mundial de Saúde disse que, no ano de
2005, no mundo inteiro, foram gastos mais de um trilhão de dólares na prevenção
ou pagamento de indenizações relativas a LER/DORT. Por isso, é mais barato e
mais fácil prevenir. Exercícios de alongamento, intervalos para descanso, boa
postura, ambiente de trabalho adequado, relacionamento com os colegas e
controle do estresse são algumas formas de evitar o problema. Mas há casos de
estágio mais avançado que necessitam de cirurgia ou em que a pessoa chega à
invalidez. As mulheres são as mais atingidas pelo distúrbio. Além da questão
hormonal, as mulheres geralmente são sobrecarregadas por uma dupla jornada de
trabalho, no emprego e em casa. Tanto em homens quanto em mulheres, a faixa
etária mais atingida está entre os 25 e 40 anos. Equipes multidisciplinares
atuam de forma coletiva na prevenção. São médicos, enfermeiros, psicólogos,
assistentes sociais, profissionais de Educação Física, fisioterapeutas,
terapeutas ocupacionais, engenheiros de seguranças do trabalho e outros. Ou
seja, prevenir, prevenir e prevenir ainda é o melhor investimento na área da
Saúde. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, eu assisti, no Congresso Nacional,
ao debate sobre o salário mínimo. Aquela minha ideia de que não vivemos numa
democracia se consolidou. Democracia pressupõe Executivo, Judiciário e
Legislativo independentes e fortes. O mais fraco, o mais vergonhoso dos nossos
Poderes é exatamente o Legislativo, de onde se devia esperar mais. O
Judiciário, às vezes, também é submetido ao Executivo. Forte mesmo é o
Executivo, que governa este País por medidas provisórias e tem empregos para
distribuir. Os Deputados e os Senadores, na sua maioria, não estão lá para
servir; estão lá para ser servidos, para distribuir cargos; já estavam, em
razão da votação do salário mínimo, disputando os cargos que seriam
compensatórios. Então, nós vivemos numa falsa democracia, numa ditadura do
Executivo, podem ter certeza.
Eu ouvi uma Senadora do PSOL fazendo uma tremenda
reclamação para o Presidente do Senado, José Sarney, sobre a aplicação do
Regimento Interno, e o Sr. Presidente Sarney, “do alto da sua estatura” - o
pior brasileiro que já nasceu -, disse: “A senhora conhece o Regimento Interno?
Está recém chegando! Eu estou aqui há tantos anos e não conheço o Regimento
Interno”. E ele presidia a Sessão!
Então, nós temos medidas provisórias, nós temos
propaganda, muita propaganda. Hoje a nossa Presidenta vai ao Nordeste anunciar
o novo valor do Bolsa Família, mas nós precisamos é de trabalho! Nós precisamos
é de saúde! O Lula criou 15 milhões de empregos com carteira assinada, mas no
ano passado eu ouvia o Ministro do Trabalho dizer que havia 7,7 milhões de
encostados no seguro-desemprego. Não vale, porque mesmo os 15 milhões é pouco;
a única maneira de valorizar o salário é haver trabalho para todo o mundo; é a
única maneira, não há outra, mas, como não temos emprego, o salário é negociado
pelos Deputados e Senadores em troca de cargos na Administração do País.
Sobre a Saúde, vejam só: em 2002, último ano do
Governo Fernando Henrique, Porto Alegre recebeu 307 milhões e 700 mil reais; em
2010, último ano de Lula, Porto Alegre recebeu 515 milhões, 277 mil e 310
reais, até superando a proposta orçamentária em 1%, aparentemente aumentou o
valor. Não, sobre esses 515 milhões, aplicada apenas a correção inflacionária,
o Governo Federal ainda fica devendo para a Cidade 842 mil e 755 reais. Nos
oito anos da Administração Lula, Porto Alegre perdeu 690 milhões, 636 mil e 219
reais. Perdeu porque o Presidente Lula, o Governo Lula impediu a votação da
regulamentação da Emenda nº 29. Ninguém me disse, eu vi e ouvi no Senado e na
Câmara Federal, especialmente; não votaram em 2008, não votaram em 2009, e, em
2010, ninguém falou. Os Prefeitos, sim, porque sentem a necessidade de recursos
para atender os habitantes das suas cidades. Mas o Governo Federal, que tomou
690 milhões de reais de Porto Alegre em oito anos, não está interessado na
regulamentação da Emenda Complementar nº 29, que é do ano de 2000! E eu vi o
Deputado Vaccarezza e o Deputado Henrique Fontana, os dois, dizendo que o
Governo não aceita a regulamentação da medida, porque teria que dar 10% da
receita tributária para a Saúde - e não dá nem 4%. Mas, enquanto isso, a farra
da propaganda corre cada vez mais fácil. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ADELI
SELL: Cara Presidente, meu caro Líder Mauro Pinheiro, que me cede o tempo de
Liderança, eu quero dizer ao Ver. João Dib que o Vereador deve dar atenção
também para algumas outras notícias, das quais ele não fala. A Emenda nº 29,
por exemplo, que ele tanto coloca, vai sair. Medidas provisórias dependem do
Congresso Nacional, Vereador. Só o Congresso Nacional querendo. E Vossa
Excelência tem representação no Congresso Nacional, pode fazer. A arena
nacional é difícil, ela é mais complexa do que a arena local, pode ter a plena
convicção, meu caro Ver. João Dib.
Ver. Mauro Pinheiro, neste final de semana, o
Partido dos Trabalhadores, o seu Diretório Estadual, fez uma reunião de
avaliação do Governo Tarso Genro e discutiu as perspectivas para 2012. Nós não
tomamos nenhuma decisão acerca do espectro de coligações, mas reafirmamos que
nos interessa sobremaneira aquilo que fizemos aqui e que nos deu a vitória no
1º turno: unir um conjunto de Partidos nas Prefeituras Municipais. Hoje à
noite, e V. Exª participa da nossa Executiva Municipal, nós faremos uma
discussão para dar prosseguimento às nossas tarefas para o próximo período. Não
nos peçam que precipitemos essa agenda. Nós estamos abertos à discussão com
todos os Partidos que compõem o nosso Governo em nível federal e em nível
estadual.
O leque de alianças é amplo, é vasto. É claro que
temos aproximações maiores com alguns Partidos políticos do campo da chamada
centro-esquerda, não negamos isso. Não vamos negar; muito pelo contrário, vamos
afirmar permanentemente essa questão. Aqui no Município, Ver. Nilo Santos, nós
somos oposição ao Governo Municipal, apesar de o PDT, o seu Partido, fazer parte do nosso Governo Estadual. Nós queremos manter essa relação
civilizada. Inclusive, o Prefeito Fortunati se reunirá com a nossa Bancada,
porque a nossa postura tem sido uma postura de civilidade, porque nós queremos
que o processo de civilização entre os Partidos políticos seja uma tônica
permanente. E não como hoje acontece, infelizmente, no Rio Grande do Sul, onde
há uma profunda “grenalização” política a partir de, às vezes, questiúnculas,
quando nós deveríamos estar fazendo um grande enfrentamento, sim, político,
teórico sobre questões de fundo, sobre aquilo que nos separa de fato.
Quanto a coisas que
nos separam de fato, nós temos que as colocar, expressá-las e não ficar em cima
do muro. Não é nossa posição ficar em cima do muro. Agora, a nossa oposição em
nível local é uma oposição consequente. Já ajudamos o Governo Municipal e
ajudaremos o Governo Municipal naquilo que for importante para a Cidade, mas
colocamos aqui para a base do Governo e colocaremos ao nosso Prefeito que os
serviços em Porto Alegre estão muito mal. Criticavam-nos por pintar calçadas,
meio-fio, diziam que era “feijão com arroz”, mas a Cidade estava mais alegre,
mais pintada, mais limpa, mais articulada; os serviços existiam, o DMLU
funcionava, a SMAM funcionava, havia corte, havia capina, havia recolhimento de
lixo. Hoje, o que nós vemos é uma desgraça quanto aos serviços da Prefeitura, e
a Prefeitura tem que fazer o seu papel, que é fiscalizar o serviço
terceirizado; multar, Ver. Nilo Santos, a Construrban, quando ela não recolhe,
quando não corta. E fico sabendo que agora, novamente, na SMAM, essa mesma
maldição, que fazia apenas 30% do seu serviço, ganhou a nova licitação. Isso é
muito preocupante. Eu espero que se faça a devida fiscalização, que se cobre
efetivamente e que se rompa o contrato com essas empresas.
Como nós discutimos
hoje na Mesa Diretora, nós vamos romper o contrato com a Claro, que fez um
contrato conosco com preço mais baixo. Mas, Ver. Sebastião Melo, os serviços da
Claro são mais caros que os da Vivo, eles nos engrupiram no contrato aqui. E a
Prefeitura tem que ficar atenta com esse tipo de postura em contratos e
terceirizações. Por isso, minhas senhoras e meus senhores, nós continuaremos
com a nossa postura de altivez e sempre abertos ao diálogo com a Prefeitura
Municipal de Porto Alegre sem deixar de fazer o nosso papel de Vereador e de oposição
consequente. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO
RUAS: Srª Presidente, Verª Sofia
Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste,
há poucos dias tivemos o falecimento do ex-Deputado Federal Floriceno Paixão.
Eu compareci ao velório - lá estavam os Vereadores João Dib, Professor Garcia e
Elói Guimarães - e refletia, junto aos amigos e familiares do Floriceno, sobre
a obra desse Parlamentar, desse político gaúcho. Verifiquei, Verª Fernanda
Melchionna, que na legislação trabalhista e previdenciária não há - vejam bem,
este é um dado estatístico oficial -, de origem do Legislativo, número maior de
projetos transformados em lei, no nosso País, que os de Floriceno Paixão.
Depois dele, vem o Senador Paulo Paim.
Floriceno Paixão criou uma legislação
extraordinária. Ele nos deixa um legado que dificilmente será igualado por
qualquer homem ou mulher que chegue ao Congresso Nacional, que tenha uma
cadeira no Senado, na Câmara dos Deputados. É uma legislação profundamente
transformadora e que deu condições de mais dignidade de sobrevivência e de
valorização do trabalho àquele que está na ativa e àquele que realizou o
trabalho, que está inativo.
A legislação trabalhista e previdenciária, Ver.
Elói Guimarães, que deixou Floriceno Paixão é algo extraordinário não só em
termos nacionais, mas também no comparativo internacional. Nós falamos com as pessoas
na rua, Ver. Mario Fraga, que contavam, até a poucos dias atrás, os valores do
seu 13º salário, por exemplo, que é o Projeto mais conhecido de Floriceno Paixão, feito em 1962. Anteontem eu falava com uma pessoa
que falou no 13º salário, e eu perguntei: “Tu sabes quem o criou?” E a pessoa
disse: “Claro que eu sei, foi o Presidente Getúlio.” Não foi. Poderia ter sido,
mas não foi. O 13º salário foi criado em 1962 pelo Deputado Floriceno Paixão.
Homem de convicções, foi cassado pela ditadura militar, cumpriu longos anos sem
poder exercer atividade política. Voltou, foi novamente eleito Deputado Federal
e, novamente, apresentou projetos na Legislatura 82/86 e na Legislatura 86/90,
quando deixou de concorrer ao Congresso Nacional por questões pessoais. Ele nos
deixa um legado extraordinário.
Eu quero fazer esse
registro como advogado trabalhista e como homem que teve a felicidade de
conviver com o Floriceno Paixão, de conviver com sua hoje viúva, Dona Talita, e
seus filhos. Tenho um orgulho profundo do aprendizado que tive com o Floriceno.
Parece-me que a
gente pode medir a importância da vida de cada um por aquela diferença que faz
a sua ausência. A ausência do trabalho do Floriceno Paixão dificilmente pode
ser preenchida por alguém, nisso ele é insubstituível. Para todos nós,
agradecidos, ele é inesquecível. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores que estão conosco na
tarde de hoje, telespectadores e ouvintes da nossa Sessão Plenária da tarde de
hoje, agora à tarde eu vou começar uma pequena meditação ou início de discussão
sobre um acontecimento que estou acompanhando de perto e que já recebeu alguma
manifestação, inclusive pública e de mídia, que diz respeito ao Parque da
Redenção. O nosso Parque da Redenção, na minha avaliação, está um tanto quanto
descuidado. E, ali no Parque, começa uma discussão sobre o Minizoo. Ouvi e li
algumas manifestações da nossa estimada amiga Primeira-Dama da Prefeitura,
dizendo que a Prefeitura de Porto Alegre removerá do Parque o Minizoo, ou seja,
retirará dali os animais. O Ver. João Dib faz sinal que sim, então está
confirmando a nossa informação.
Na verdade, eu acho
que é outro tema que merece uma discussão e participação das nossas associações
de entidades públicas, que é sobre o destino que se dará a esses animais. A
minha primeira pergunta é, e são duas: qual o destino que se dará aos animais?
Por que retirar dali o Minizoo? Na história de Porto Alegre, desde que aqui
estou - são mais de quarenta longos anos -, esteve, ali no Parque, o Minizoo.
Eu acredito na posição inversa - e aqui não quero ser o dono da verdade, estou
meditando e começando uma discussão sobre isto -, questiono se, de fato, seria
positivo tirar dali o Minizoo, talvez fosse muito mais adequado e positivo
para a Cidade manter ali esse zoológico, com os cuidados e zelo que requerem os
animais. Claro que é uma discussão interessante. Agora, eu já vi e acompanhei -
e existe - uma movimentação, por parte do pessoal do entorno e das associações
que tratam do Parque, contrária à retirada do Minizoo. Então, eu acredito que é
possível, sim, uma discussão bem mais atenta a esse Parque; talvez seja o
caminho, não vou dizer que não. Nós precisamos discutir com a sociedade de
Porto Alegre essa questão, sim.
Eu fui o primeiro Vereador de oposição em Porto
Alegre favorável ao Orçamento Participativo - lá em 1989, início de 1990 - e
custou-me um pouco caro estar ao lado do Executivo, na época era Prefeito o
Olívio Dutra. Se Porto Alegre é considerada a Capital mundial da participação
popular, eu penso que esses temas precisam e devem ser discutidos com a
participação devida da sociedade de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ
BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e
senhores, eu quero respaldar o que disse aqui nesta tribuna, meu amigo Pedro
Ruas, a respeito do Floriceno Paixão. Realmente, foi uma perda enorme que nós
tivemos na política; ele deu uma contribuição fantástica, e eu acredito que
todos os trabalhadores brasileiros devem muito à figura de Floriceno Paixão.
Quando as pessoas passam por nós e deixam essas contribuições, elas acabam, na
verdade, não morrendo, mas vivendo para sempre. Por mais que o tempo passe,
ninguém vai esquecer da figura do Floriceno Paixão.
E não poderíamos deixar de citar outra morte, que,
para nós, foi uma perda enorme, foi a perda do Moacyr Scliar. Eu não li muitos
livros do Scliar, li poucos, entre eles, “O Centauro no Jardim”, realmente um
livro fantástico, faz a gente dar muitas risadas, permite que possamos ver, bem
de perto, o fantástico escritor que foi Moacyr Scliar. Ele deixa uma vaga entre
os imortais da Academia de Letras, uma vaga que será extremamente disputada -
quem sabe, Ver. Dib, o Paulo Coelho vá disputar essa vaga deixada pelo Moacyr
Scliar. Mas, com toda certeza, para nós do Rio Grande do Sul, ele também deixa
uma lacuna incrível, porque, afinal de contas, o Scliar foi um escritor que nos
orgulhou por tudo aquilo que fez, por todas as suas obras. Ver. Sebastião Melo,
esse final de semana foi de perdas extremamente importantes, como a do
ex-Senador Octávio Omar Cardoso, esposo da Senadora Ana Amélia Lemos. São
pessoas que deixaram grandes contribuições para o nosso Estado.
O que temos que fazer quando vemos grandes pessoas
que nos deixaram grandes contribuições partirem - nós, como Vereadores, como
cidadãos - é pensarmos em ter ações que possam, também, fazer com que, quando a
gente morra, as pessoas olhem para o caixão e digam: “Olha, ele deixou algum
tipo de contribuição”. Eu acho que a vida de todas as pessoas, não apenas a dos
Vereadores, mas de qualquer cidadão, deve ser levada no sentido de fazer com
que possam dar grandes contribuições para a sociedade onde vivem. Chamarmos as
pessoas para a união é uma das contribuições que queremos sempre dar, nós somos
desfavoráveis a quem quer se manter isolado, sozinho, para ser um grande ídolo;
essas pessoas não quiseram viver assim, elas também estiveram unidas a outros
movimentos, a outras pessoas.
Eu vou fazer aqui um convite: há trinta anos
promovemos o Show do Quilo, e agora, no dia 27 de março, vai acontecer o Show
do Quilo lá no ginásio do Partenon Tênis Clube, com a presença de escolas e de
Vereadores também. Faço questão de que todo o mundo possa estar presente,
levando um quilo de alimento, porque, mesmo sendo Vereador, não haverá entrada
franca; vamos beneficiar pelos menos dez entidades que precisam desses quilos
para poder sobreviver. Este é o convite que deixo aqui: Show do Quilo, dia 27
de março, no ginásio de esportes do Partenon Tênis Clube.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadora, a Câmara
Municipal de Porto Alegre, em especial, tem vários papéis dentre as suas
competências, e penso tratar-se de um papel relevante da Casa o de exatamente
ser um radar que reflete os acontecimentos da Cidade e, de resto, do Estado. Já
foi aqui aduzida, pelo Ver. Pedro Ruas, a figura de Floriceno Paixão, Deputado Federal que deu contribuições
significativas à questão trabalhista. Ele foi uma personalidade extraordinária
da Cidade, foi Delegado do ex-IAPI no Governo de Getúlio Vargas e implantou um dos melhores modelos habitacionais de que se têm
notícias no Rio Grande do Sul, que foi a Vila do IAPI.
(Aparte
antirregimental do Ver. Alceu Brasinha.)
O SR. ELÓI GUIMARÃES: A nossa Vila do IAPI!
Quero saudar o Brasinha, que também era amigo do Paixão. Quantas vezes
estivemos com o nosso querido Paixão na Vila do IAPI, ali na cancha de bocha,
naquela comunidade tão especial?! Queremos fazer esse registro em nome do
Partido Trabalhista Brasileiro, posto que o Floriceno pertenceu ao velho Partido
Trabalhista Brasileiro.
Também queremos
mencionar uma das grandes figuras que nos deixou: Moacyr Scliar, o imortal,
para o qual muitos de nós fizemos campanha à Academia Brasileira de Letras -
lembro de diversos encontros e reuniões. Uma vez escolhido imortal, tivemos a
oportunidade de festejar a sua escolha. Eu diria que o Moacyr Scliar era e é,
porque é imortal, uma referência intelectual do literato gaúcho, do homem do
saber, da inteligência. Ele deixa, inquestionavelmente, uma grande lacuna. Mais:
tratava-se de um homem inserido no cotidiano da cidade de Porto Alegre, de uma
singeleza natural extraordinária, um homem que convivia conosco. Cidadão do
mundo, cidadão de Porto Alegre! Quando da entrega do Título ao escritor Moacyr
Scliar, entrega que foi feita aqui na Praça da Alfândega, Ver. Reginaldo Pujol,
durante a Feira do Livro, tivemos a oportunidade de declamar “O Livro e a
América”, de Castro Alves. E, quando eu me encontrava com Moacyr Scliar, ele
sempre referia esse fato do “O Livro e a América”, do poeta dos escravos, Castro
Alves.
Fica aqui o registro - eu o faço em nome dos
Vereadores da Bancada do PTB - a essas figuras; também ao ex-Senador Octávio
Cardoso, esposo da Senadora Ana Amélia. Fica aqui, portanto, o registro do
Partido, da nossa Bancada a essas figuras notáveis que engrandeceram o Rio
Grande e, de resto, a nossa história. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Elói. Eu imagino que, no início da
Sessão, V. Exas tenham feito um minuto de silêncio pelo passamento
desses dois grandes gaúchos.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Vossa Excelência tem razão. A Casa,
no início da Sessão, rendeu as devidas homenagens ao ex-Senador Octávio
Cardoso, ao Moacyr Scliar e ao ex-Deputado Floriceno Paixão. As manifestações
que depois ocorreram ressaltaram ainda mais o pesar da Casa com relação ao
passamento desses três vultos da política e da literatura gaúcha.
Eu venho à tribuna - já com esse assunto, no meu
entendimento, bem colocado - para ressaltar outro fato que o dia de hoje
registra, Ver. João Dib. O dia de hoje registra, Ver. Elói Guimarães, os dois
primeiros meses do Governo Dilma Rousseff, e, a meu juízo, há três fatos
relevantes que precisam ser devidamente registrados: a alta dos juros, a
solução do salário mínimo e, hoje, o corte orçamentário na ordem de 50 bilhões
de reais, com grande reflexo nas cidades brasileiras, porque o maior corte em
investimentos vai se dar em recursos do Ministério das Cidades. Obviamente isso
implicará, em maior ou menor intensidade, reflexos na vida direta de nossas
cidades. Aliás, o Ver. Dib, há pouco tempo, em pronunciamento ainda no dia de
hoje, referia-se à Emenda nº 29 e era respondido da tribuna no sentido de que
isso seria um assunto que o Congresso Nacional deveria decidir.
Nós já temos a lição dada pela nossa Presidente
Dilma Rousseff nesses 60 dias: o Congresso pode ser devidamente enquadrado
quando assim o Governo quiser. Outra coisa não houve senão o enquadramento com
relação à fixação do salário mínimo quando, para surpresa geral da Nação,
sucumbiu o último baluarte: o Senador Paim se dobrou ao Governo, foi sensível
aos seus argumentos e também votou contrariamente às emendas que pretendiam
mitigar esse salário mínimo. Hoje me assusta sobremaneira a forma com que foi
anunciado o corte de 50 bilhões de reais. Parece-me que foi, de certa maneira,
um deboche à sociedade brasileira. Não faz três dias, Ver. Airto Ferronato, foi
anunciado que, nos dois primeiros meses de arrecadação do Governo Federal,
houve um superávit extraordinário de 127 bilhões de reais, e agora diz o
Governo que é preciso cortar o salário mínimo, aumentar os juros e cortar os
investimentos, entre os quais, os da área da Previdência, e um dos cortes
anunciados é de cerca de 2 bilhões no seguro-desemprego. Ora, convenhamos, isso
é mais do que um paradoxo, é um deboche.
A Petrobras está anunciando um resultado ímpar na
vida brasileira. O Banco do Brasil gasta duas páginas de todos os jornais
brasileiros para dizer dos seus royalties!
Tudo dá lucro! E só o Governo se sente no prejuízo e corta, Ver. Elói, recursos
para serem utilizados no custeio da máquina, no caso, 32 bilhões e, em
investimento, 18 bilhões. É o Brasil da Dilma, que está pagando a conta da
farra do ano eleitoral em que o Brasil era o mais forte país do mundo, com
economia acelerada, aquecida, distribuição farta de benefícios para todas as
camadas da sociedade, e, agora, transcorrido sequer um ano, caímos na dura
realidade: aumento do juro, baixo salário mínimo e um corte orçamentário até
mesmo em recursos na área da Previdência Social. É o Brasil da Dilma - palmas
para ela.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Toni Proença, solicito que, na ausência do
Ver. DJ, V. Exª conduza os trabalhos, apenas para eu me manifestar em Tempo de
Presidente, por favor.
(O Ver. Toni Proença assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra em Tempo de
Presidente.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu venho a esta tribuna
dizer que a nossa Casa tem uma tarefa muito importante, dentre tantas, que é
tratar sobre o tema do direito à circulação na Cidade. Na sexta-feira, fui
acionada por vizinhos e jovens do bairro Cidade Baixa e acompanhei uma parte da
brutalidade produzida por um cidadão que dirigiu seu carro contra ciclistas.
Algo impensável, algo inimaginável, visto só em filmes, mas, em filmes, não corre
sangue. Aquela brincadeira de fazer um strike,
de usar o carro contra uma série de ciclistas, aconteceu no bairro Cidade Baixa
de Porto Alegre.
Porto Alegre tem uma cultura muito bonita, um
movimento de ocupação da Cidade que não é de um grupo - inclusive é de vários
grupos -, com uso da bicicleta, de luta por espaço, pela troca de carro por uma
bicicleta, utilizada, inclusive, por famílias. Eu ouvi um relato de que havia
um casal lá que, por sorte, naquele dia, decidiu não levar a criança, que anda
de bicicleta entre o pai e a mãe. Ouvi relatos de ambientalistas que têm uma
cultura, inclusive, de exploração dos morros na nossa Cidade com a bicicleta,
de ocupação das ruas, para demonstrar que precisamos humanizá-las. E assistimos
à barbárie produzida por um cidadão dentro de um carro, que, achando-se ferido
no seu direito de andar onipotente pelas ruas da Cidade, irresponsavelmente
atropelou - poderia ter matado - pessoas. Onze pessoas foram parar no HPS, e a
situação das bicicletas demonstra a brutalidade do fato.
Falo aqui, também, em nome da Mesa Diretora da
Casa, que, hoje pela manhã, tomou uma bonita decisão. Nós faremos uma Audiência
Pública no dia 7 de abril, marcamos data, inclusive, sobre o tema da circulação
das bicicletas na Cidade. Por que Audiência Pública? Esta Casa já votou o Plano
Diretor e o Plano Cicloviário e precisa vigiar, exigir providências nesse
sentido. Nós sabemos que há contrapartidas empresariais para construção de
ciclovias, mas sabemos que, sem a vigilância, sem a pressão, os empresários vão
priorizando outros investimentos e vão deixando, para o final, as
contrapartidas. Nós sabemos que só a mobilização fará com que eles acelerem a
produção desses espaços, também para que a Prefeitura priorize, de fato, no
sentido de que uma fatia dos 500 milhões de reais que serão investidos na Copa
seja dedicada às ciclovias - que a gente pense a mobilidade da Cidade, a
chegada às universidades, a chegada aos estádios da Copa do Mundo, garantindo a
ciclovia.
Quando a gente avalia a dificuldade dos estudantes
em chegarem às escolas, nós vemos que a bicicleta - e um espaço para essas
bicicletas - resolveria o problema de muitos estudantes, Ver. Mauro; isso seria
extremamente saudável, bonito e preservaria o meio ambiente, evitando a emissão
de gases. E mais: nesse caso, a saúde da nossa gurizada estaria sendo
priorizada em projetos saudáveis, através do envolvimento corporal,
envolvimento afetivo, etc. Então, nós temos que pensar uma Cidade mais
humanizada.
O Cappellari, nosso Diretor da EPTC, fez o convite
a mim - quero estender ao conjunto dos Vereadores -, para o lançamento, por
coincidência e ironia, Ver. Dib, da Semana de Segurança no Trânsito; será
amanhã, às 8h30min, entre a Av. Ipiranga e a Av. Barão do Amazonas. Esse
lançamento já estava previsto, não foi em função do ocorrido na Cidade Baixa.
Então, amanhã de manhã eu estarei lá e gostaria de convidar os Vereadores e as
Vereadoras a estarem presentes.
Tudo isso coincide com outra decisão da Mesa
Diretora, Ver. Pedro Ruas, de realizar um Seminário sobre a mobilidade na
Cidade, e a ideia é de que, a partir de abril, façamos isso. Começaremos com o
direito à Cidade, depois da eleição do Conselho Tutelar, em que estamos
extremamente envolvidos.
Fechando esse tema, quero ainda fazer outros dois
convites. Decidimos, hoje, na Mesa Diretora, que retomaremos a presença dos
Vereadores, Ver. Pujol, no nosso quiosque da Ouvidoria no Mercado Público.
Aquele espaço é difícil de manter, é verdade, mas nós somos 36 Vereadores,
então, se cada um se responsabilizar por um dia, no máximo uma vez por mês
estaremos lá. E a combinação foi que a presença de um Vereador seria no horário
do meio-dia. Nesta quinta-feira, eu estarei lá na Ouvidoria - é claro que quem
quiser poderá ir -, e, na sexta-feira, o Ver. Reginaldo Pujol. Durante a tarde,
estará passando um formulário para que os Vereadores assinem, para garantirmos
a presença do Vereador, além da estrutura, no Mercado Público, no sentido de
estarmos mais perto da população. O Vereador estará com o seu material de
divulgação, com a sua interlocução, com o seu mandato, não há nenhum problema,
mas ouvindo a população em nome da Casa e divulgando os materiais de gestão
geral que nós estaremos construindo. Nessa quinta-feira, nós estaremos com o
panfleto do Conselho Tutelar, dos direitos da criança e do adolescente. Então,
eu queria convidar todos.
Na sexta-feira, iremos ao Carnaval: a ida oficial
da Câmara será na sexta-feira, às 9 horas da noite. Combinei isso com a
Presidente da CEDECONDH, com o conjunto da Mesa, para que façamos a abordagem e
acolhida dos foliões com o mote da campanha contra a exploração sexual de
crianças e com a mobilização e conscientização para eleição do Conselho
Tutelar. Estão todos os Vereadores convidados, a TVCâmara estará conosco, espero
uma presença muito bonita da Câmara, mais uma vez, nessa festa popular, cidadã
e, assim, teremos ações propositivas em relação às nossas leis. Muito obrigada
pela atenção de todos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): Devolvo à presidência dos trabalhos à Verª Sofia
Cavedon.
(A Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, parabenizando a decisão da Mesa,
nós gostaríamos de marcar a data de ida do PSOL à Ouvidoria. Gostaríamos de ir,
de preferência, na quarta-feira, para começarmos imediatamente esse belo
projeto de aproximação da Câmara com a cidade de Porto Alegre. Se possível, já
gostaríamos de agendar.
O SR. PEDRO
RUAS: Eu até pergunto, Presidente, se há algum impedimento de serem dois
Vereadores?
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não, nós poderemos ir coletivamente. Teremos um
Vereador responsável por ir naquele dia, e os outros podem ir quando quiserem.
O que nós combinamos, até para dar uma certa pompa, é que daríamos a largada na
quinta-feira, inclusive, eu espero, com a presença de outros Vereadores, já
que, na quarta-feira, teremos muitos projetos para votar e teremos que estar
aqui às 14 horas.
O SR. PEDRO
RUAS: Mas é ao meio-dia?
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): É ao meio-dia, mas Vereador também almoça,
eventualmente.
O SR. PEDRO
RUAS: Na quarta-feira da próxima semana, a Verª Fernanda e eu estaremos lá.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Então, nós já temos a agenda do Ver. Pedro Ruas e
da Verª Fernanda para a quarta-feira de cinzas. Muito bom.
Eu pediria ao Ver. Pujol que passasse a nossa guia
entre os Vereadores e o nosso Ouvidor. (Pausa.) Que bom, novas adesões estão
sendo aqui recebidas com muita alegria.
O SR. PEDRO
RUAS: Quero fazer um registro apenas para não deixar a Mesa com uma informação
equivocada de nossa parte. Falamos agora com o Ver. Reginaldo Pujol, que está
na coordenação desse trabalho, e a Verª Fernanda e eu nos oferecemos para todas
as quartas-feiras, mas não nos demos conta de que a quarta-feira da próxima
semana será quarta-feira de cinzas. Então, a partir do dia 16 de março, nós
dois estaremos lá, todas as quartas-feiras, no horário do meio-dia. Obrigado.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está registrado, e a agenda será preenchida assim.
“Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra”. Então, o agendamento está
aberto, Ver. Brasinha.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h05min): Havendo
quórum, passamos à
Em
votação o Requerimento do Ver. João Antonio Dib, que solicita Regime de
Urgência ao PLE nº 003/11. (Lê.) “Autoriza o Poder Executivo Municipal a abrir
créditos especiais no Orçamento do corrente exercício, com vistas a remanejar
os saldos remanescentes do grupo de natureza da despesa 3390 para o grupo 3190,
das unidades orçamentárias 7002 e 7003, e a incluir dotações para pagamento de
requisições de pequeno valor (RPVs), do Departamento Municipal de Previdência
dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre (PREVIMPA)”.
O SR. PEDRO
RUAS: Eu solicito, se for possível, que o Requerimento de Urgência seja
encaminhado pelo Ver. João Antonio Dib, para que possamos tomar conhecimento da
sua integralidade, da sua importância.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Fazendo um adendo ao Requerimento do Ver. Pedro Ruas,
solicito uma informação da Liderança do Governo. Gostaria de saber se esse
Projeto do Executivo passou pelo Conselho de Administração do PREVIMPA, que
prevê que, havendo qualquer alteração nos trâmites, sejam ouvidos os
trabalhadores que foram eleitos para gestionar, junto com os indicados pela
Prefeitura, os saldos do PREVIMPA.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Informo a Verª Fernanda Melchionna de que o Projeto
se encontra na CCJ.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra.
O SR. ADELI
SELL: Acho que é um tema complexo, e muitos não o dominam exatamente por ser
um tema previdenciário. Eu não sei a dimensão dele. Conversando com nosso
Líder, em princípio, discordamos da urgência e queremos debater com o Vereador
esse Requerimento. Vamos nos inscrever para debater.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Pergunto ao Ver. João Antonio Dib se encaminha o
Requerimento ou se o retira para discutirmos na Mesa Diretora.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, eu tenho tanto tempo nesta Casa, que não ousaria afrontar os meus
Pares trazendo-lhes um Projeto complicado para ser estudado com urgência. Trata
neste Projeto de apenas um ajuste, não há nenhuma despesa, não há um centavo!
Não há nada, há apenas determinações do Tribunal de Contas para fazer ajustes,
nada mais do que isso. Não se abre crédito, não se fazem rubricas novas, nada
disso, apenas ajustes. Então, é por isso que ousei fazer o Pedido de Urgência,
eu não vejo por que não ser aprovado pela Casa, porque acho que há competência.
Até já havia sugerido, hoje pela manhã, que o Ver. Airto Ferronato fosse o
autor do Parecer Conjunto.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. João Antonio Dib.
O SR. ADELI
SELL: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Ver. João Antonio Dib, como V. Exª
acaba de explicar, parece-me que não é sangria desatada. Eu proponho que
tenhamos conhecimento do teor do Projeto. Nós não ficamos estudando todos os
projetos antes de irem para as Comissões, Vereador! Nem V. Exª, que é um exímio
acompanhante de projetos e que é Líder do Governo, porque as tarefas são
múltiplas na Câmara. Se o Governo nos enviasse uma carta, ou V. Exª expedisse
um documento para que pudéssemos lê-lo até quarta-feira, concordaríamos em
discutir a urgência na quarta-feira. É um tema por demais complexo, mesmo que
não haja grandes valores envolvidos, sabemos que, havendo qualquer tema do
PREVIMPA, amanhã as galerias estarão lotadas, e poderemos ser questionados,
porque atinge muita gente, não apenas os servidores que serão aposentados, mas
os próprios aposentados da Prefeitura. Então eu pediria a sua paciência, a sua
concordância em termos um documento explicando exatamente do que se trata, e,
quarta-feira, nós retomaríamos esse debate. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está dando acordo à
proposta do Ver. Adeli Sell de trazer uma explicação em documento. Ele retira, neste
momento, a votação do Requerimento.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Nós votaremos na quarta-feira o Requerimento.
Estamos procurando identificar nas mãos de quem, na Comissão de Constituição e
Justiça, ele está para Parecer. Eventualmente, o Parecer já está dado até, e o
Requerimento poderá ser votado no dia de amanhã. Obrigado, Presidente.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ótimo, Ver. Reginaldo Pujol.
REQUERIMENTOS - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
REQ.
Nº 003/11 – (Proc. nº 0698/11 – Ver. Mauro Zacher) – requer seja o
período de Comunicações do dia 16 de maio destinado a assinalar o transcurso do
Dia do Enfermeiro, Técnico e Auxiliar de Enfermagem.
REQ.
Nº 004/11 – (Proc. nº 0770/11 – Ver. Aldacir José Oliboni) – requer seja o
período de Comunicações do dia 28 de março destinado a homenagear a Fundação
Universidade de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação
o bloco composto pelo Requerimento nº 003/11, de autoria do Ver. Mauro Zacher,
e o Requerimento nº 004/11, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ. Nº 038/09 – (Proc. nº
1228/09 – Ver. Nelcir Tessaro) – requer
a constituição de Comissão Especial para análise e proposta de viabilidade de
construção de Metrô em Porto Alegre.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação
o Requerimento nº 038/09, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro. (Pausa.) O
Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 038/09, de sua autoria.
O SR. NELCIR
TESSARO: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que
nos assiste, o Requerimento de minha autoria trata do pedido de constituição de
uma Comissão Especial para tratar do metrô em Porto Alegre. Protocolei esse
pedido no ano de 2009, porque, naquela época, recebi, aqui em Porto Alegre, uma
comitiva vinda da Malásia, outra do Japão, justamente trazendo as inovações do
transporte coletivo, do transporte que queremos implantar em Porto Alegre, o
metrô. Naquela época também nos foram apresentadas alternativas, pois - assim
eu entendia - para Porto Alegre, que tem dificuldade de instalar metrô
subterrâneo em certas regiões, o VLT - Veículo Leve Sobre Trilhos - poderia ser
a solução. Encaminhei, na ocasião, a proposta ao Secretario de Gestão, e não
houve mais nenhum avanço desde então.
Diante da sinalização do Ministério das Cidades e
da Presidente Dilma de liberar recursos para que o metrô aconteça em Porto
Alegre, solicitei a entrada deste Requerimento na Pauta para a constituição da
Comissão. Em Porto Alegre, por ser atípica, há certos locais em que é inviável
fazermos metrôs subterrâneos, como é o caso da Av. Borges de Medeiros, do
prolongamento até a Rua José de Alencar; da Av. Farrapos, onde é um pouco
difícil; da Av. Assis Brasil, também pelo alto custo que proporciona. Por
levantamento efetuado em 2009, a construção dos primeiros 21 quilômetros, que
estava naquela proposta, custaria 3,5 bilhões de reais, e o prazo de execução
seria de cinco anos; a proposta sobre o Veículo Leve sobre Trilhos é de vagões
para 125 passageiros cada um, constituído de quatro vagões que transportariam
de 500 a 600 pessoas. O custo é de 30% do valor, ou seja, na ocasião, a
proposta seria, para os mesmos 21 quilômetros, 650 milhões de reais. O tempo de
cinco anos baixaria para dois anos de construção e integração com o transporte
coletivo existente hoje em Porto Alegre.
Eu também defendo um estudo sobre utilização da parte sobre o arroio
Dilúvio, da Av. Beira Rio até o bairro Agronomia. Temos esse espaço, que,
removendo os fios de alta tensão, pode ser utilizado. Na Malásia, no centro da
cidade de Kuala Lumpur, existe todo esse transporte, nos mesmos moldes, de
quatro metros de altura. Se fizéssemos por cima, inclusive com estações em cima
de toda extensão do arroio Dilúvio até a Agronomia, poderíamos fazer com que os
carros ficassem estacionados na Lomba do Pinheiro, e o cidadão poderia vir,
tranquilamente, para o centro da Cidade.
Sobre a manifestação de ciclistas ocorrida na
sexta-feira à noite, tenho certeza de que estaríamos promovendo o que os
ativistas desejam: a redução do transporte de automóveis na Cidade. Isso só se
faz com o transporte que hoje é justamente o mais rápido, o mais prático e com
o menor custo. São Paulo já decidiu por fazer toda a expansão do metrô de
superfície, justamente nos mesmos moldes que foram apresentados em Porto Alegre
e que estão hoje funcionando em Kuala Lumpur. Diversas cidades do Brasil estão
aderindo a esse metrô. Florianópolis também encaminhou o projeto para o
Ministério das Cidades, nos mesmos moldes: Veículo Leve Sobre Trilhos. Então, eu
acho que, em Porto Alegre, nós precisamos de um metrô que não vá chegar só em
2020, mas sim muito, muito antes.
Eu tenho certeza de que, se partirmos para uma
operação mista, parte subterrânea e outra parte Veículo Leve Sobre Trilhos, ou
seja, metrô de superfície, nós teremos logo, logo essa conclusão, essa
interligação com os nossos ônibus. Agora, teremos outros moldes que não são
mais os Portais, serão outros moldes de ônibus, iguais aos de Curitiba, mas nós
poderemos, sim, fazer a integração de metrô e ônibus com tranquilidade, fazer
funcionar em Porto Alegre e assim estaremos na realidade do mercado brasileiro.
O custo Brasil é muito alto para trabalharmos com metrô subterrâneo. Nós não
sabemos o que vamos encontrar lá embaixo, e, com certeza, Ver. João Dib, o
custo será muito mais elevado em relação aos aditivos do que em relação ao próprio contrato quando assinado. Obrigado,
senhoras e senhores, por me ouvirem. Peço a aprovação deste Requerimento.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
038/09.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, fico muito satisfeito em saber que no dia
28 de fevereiro de 2011 nós vamos votar um Requerimento que moureja pela Casa desde 2009. Fico mais
satisfeito ainda, Ver. Toni, porque nós vamos enfrentar essa discussão fora do
ano eleitoral - e de dois em dois anos temos ano eleitoral -, porque eu já
cansei de ouvir falar no metrô nos anos eleitorais. Nos anos eleitorais, é uma
barbada: tem dinheiro para tudo, vai sair o melhor metrô do mundo! Não há lugar
do mundo onde vá ter um metrô melhor do que o de Porto Alegre - é o discurso
dos candidatos.
Agora, em verdade,
Vereador, ao votar favoravelmente, já antecipo o meu primeiro Requerimento. O
meu primeiro Requerimento é de que venha à Casa, à Comissão, dialogar conosco
aquele cidadão que veio representando o Presidente do Trensurb, a seu convite.
Eu não pude ouvi-lo integralmente, porque eu tinha compromissos naquele dia,
mas ele foi muito textual ao afirmar aqui para nós, Ver. Raul - Vossa
Excelência estava junto -, que o Trensurb, como havia sido concebido no
passado, estava fora de cogitação. Disse mais: que não havia recurso federal
para investir no Trensurb, que o possível era a criação de uma Parceria
Público-Privada - aliás, este é o grande discurso da moda: Parceria
Público-Privada. O trem-bala ia ser uma Parceria Público-Privada. Faz dois anos
que se arrasta, e quem está sendo convocado para investir no trem-bala é a
Petrobras, a Eletrobras, os Correios e Telégrafos, enfim, estatais, porque
nenhum empresário se mostrou tentado a empreender o trem-bala. E o que dizem os
empresários? “Como é que nós vamos botar dinheiro nosso em empreendimento dessa ordem
se, um ano depois que estiver operando, quando sair o primeiro reajuste de
tarifa, dando uma convulsão social, teremos que administrar uma coisa que o
Governo tem que cuidar?”.
Então, Ver. Tessaro, que é o requerente, vou votar
a favor. Vossa Excelência vai presidir essa Comissão, naturalmente; está
requerendo, tem o meu apoio. Vou estar perto, porque vamos, definitivamente -
sei que é a sua intenção -, tratar deste assunto com a seriedade, com a
objetividade e com a clareza com que ele precisa ser tratado. Chega de
passarmos a ilusão para a cidade de Porto Alegre, dizendo que vai haver
Trensurb, metrô, BRT. Os anos passam, e as bicicletas rodam onde não deveriam
estar rodando, geram acidentes e problemas como o que estamos vivendo no dia de
hoje. Vamos parar de enganar a opinião pública! Chega de criar falsas ilusões.
Eu apoio a Comissão na expectativa de que, com a seriedade de quem a convocou,
tenhamos um trabalho realmente esclarecedor, definitivo sobre essa situação que
se alonga por tanto tempo na cidade de Porto Alegre.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 038/09.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, meus senhores e minhas senhoras, o Ver. Tessaro requer a análise da
proposta de viabilidade de construção do metrô. Quero dizer, com toda a
tranquilidade, porque já fui Secretário dos Transportes por duas vezes - os
Vereadores Pujol e Elói Guimarães também já foram -, que nenhum de nós, aqui na
Câmara, possui condições técnicas para fazer essa análise, porque o que ele
está propondo aqui é analisar se é viável ou não a construção do metrô. Com
relação ao problema do metrô, o maior dos Prefeitos desta Cidade, o José
Loureiro da Silva, já dizia, em 1939, que chegaria o momento de se fazer a
implantação do metrô na Cidade. Em 1939! A maioria dos Vereadores aqui não
tinha nascido ainda.
Mas, quanto à elevada acompanhando o arroio
Dilúvio, não sei qual é o mais difícil: a ciclovia do Dr. Senna, que é
inviável, ou a elevada sobre o Arroio Dilúvio. Nós não podemos esquecer de que
há alta tensão dos dois lados. Nós não podemos esquecer de que não se pode
apoiar os pilares no riacho, porque eles represarão água e sujeira. Nós não
podemos esquecer de que deveria haver uma elevação de cinco metros e meio acima
das pontes que existem no arroio Dilúvio, como hoje determina a BR-116, apesar de haver viadutos com quatro
metros e meio, mas não são os que estão sendo feitos agora, não é a obra; são
viadutos já construídos com quatro metros e meio de altura; portanto, é muito
difícil. Não vejo como esta Casa possa fazer um estudo desses. Não temos
técnicos aqui que nos assessorem para que isso ocorra. Já existe uma Comissão
tratando de problema semelhante, mas não é igual.
Realmente, o metrô de
superfície seria o ideal, mas nós não temos condições de fazer metrô de
superfície, porque as nossas vias são muito estreitas. Provavelmente, a única
solução seja o metrô subterrâneo. Portanto, espero que o Ver. Tessaro entenda
por que vou votar contrariamente ao seu Requerimento. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais quem queira encaminhar. (Pausa.) Em votação o
Requerimento nº 038/09, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com voto contra do Ver. João Antonio Dib.
Esclareço que a discussão da Mesa
Diretora de hoje foi com a presença do Ver. Tessaro. Estamos com três Comissões
Especiais funcionando. Assim que uma delas concluir o trabalho, nós
instalaremos a Comissão Especial requerida por Vossa Excelência. Enquanto isso,
temos a Frente Parlamentar, Ver. Mauro Pinheiro; depois, vamos juntar as duas
ações, porque, de fato, Porto Alegre, desta vez, terá que encaminhar o tema do
metrô. O trânsito da Cidade, hoje, está demonstrando essa urgência.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 005/11 – (Proc. nº 0807/11 – Ver. Pedro Ruas) – requer Moção
de Solidariedade com o povo líbio pela sua luta por democracia e direitos
sociais.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em
votação o Requerimento nº 005/11, de autoria do Ver.
Pedro Ruas. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1496/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 069/10, de autoria do
Ver. Mauro Zacher, que denomina Rua Coronel Solon Rodrigues d’Ávila o
logradouro público cadastrado conhecido como Rua 1307, localizado no Bairro
Marcílio Dias.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM em 06-12-10.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o
PLL nº 069/10. (Pausa.)
Apregoo a Emenda nº 01 ao PLL nº 069/10 (Lê.): “No art. 1º do PLL nº 069/10 passe a constar o nome abreviado do homenageado, que passa a ser Rua Coronel Solon D’Ávila. Justificativa, da tribuna. Ver. Mauro Zacher”. Esta votação tem o art. 81, não precisa dispensa de Parecer para a Emenda.
O SR. REGINALDO PUJOL: Como a Emenda vai ser
votada em conjunto com o Projeto, a discussão é conjunta. Eu quero discutir o
Projeto com a Emenda.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLL nº 069/10.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
fui Relator desta matéria na Comissão de Constituição e Justiça, onde,
obviamente, dei Parecer favorável; sob o aspecto técnico-jurídico, deve ser
examinada a matéria na Comissão de Constituição Justiça, que nada tinha a se
opor. É um Projeto muito bem elaborado, até citei no meu Parecer, fazendo
reverência à diligência do autor, que procedeu rigorosamente de acordo com as
regras pertinentes à matéria.
Reservei-me ao direito - que é mais que um direito;
no meu caso, é um dever - de, da tribuna, opinar sobre o mérito. Evidentemente,
a tradição na Casa, quando se vota nome de rua, é de que não ocorra maior
discussão, porque tem sido culturalmente entendido que é responsabilidade do
proponente a homenagem que é feita, e nós a ela aderimos. as eu não quero
simplesmente aderir à proposta do ilustre Vereador; eu quero ir mais longe. Eu
quero elogiá-lo, porque trata-se de uma pessoa íntegra, respeitável. Foi
Superintendente da Polícia Federal num momento complicado para a vida do País,
dado que nós vivíamos um período que uns entendem de reorganização nacional,
outros dizem que eram os anos de chumbo - o regime militar, a ditadura, deem o
nome que quiserem -, mas especialmente, com as suas características morais, o
Coronel Solon dirigiu a Superintendência da Polícia Federal sem promover atos
que pudessem manchar a sua biografia.
O Ver. Mauro Zacher, proponente da matéria, faz um
registro excepcional quando da Exposição de Motivos, declara, categoricamente,
que o seu homenageado - que passará a ser o nosso homenageado -, quando chamado
a uma atitude com a qual não coadunava, simplesmente entendeu de encerrar a sua
carreira, que era brilhante, promovendo a sua aposentadoria e permitindo - o
que era o contrário do que desejavam alguns - que o corpo do ex-Presidente João
Goulart pudesse ter ingresso no Estado do Rio Grande do Sul, no País, e receber
as homenagens do povo gaúcho e do povo brasileiro.
O Sr. Luiz
Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Reginaldo
Pujol, V. Exª faz realmente uma discussão brilhante do tema, mas eu não podia
deixar de dar este aparte, porque sei também que é um amigo seu, o grande
Prefeito de Uruguaiana, um dos grandes políticos desta terra, meu querido amigo
Sanchotene Felice, com praticamente 100% de aprovação lá em Uruguaiana. Ele
está nos visitando aqui no Plenário, assistindo ao discurso de Vossa Excelência.
Então, eu quero fazer esta saudação e divido com V. Exª este prazer. (Palmas.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: Agradeço a Vossa Excelência. Para mim é uma alegria
muito grande receber aqui o nosso Prefeito de Uruguaiana, a quem eu espero
visitar dentro de quinze dias, naquela festa em que estive desde o seu
nascedouro, na sua primeira edição, ouvindo-lhe tocar piano, em pleno carnaval,
no saguão do aeroporto de Uruguaiana.
Concluindo, quero cumprimentar o Ver. Zacher pela
iniciativa, especialmente porque V. Exª, integrante da Bancada do Partido
Democrático Trabalhista, tem sensibilidade aguçada para reconhecer a relevância
do ato de alguém que antecipou a saída da Polícia Federal do Rio Grande do Sul
por não concordar com a posição de alguns que, de forma antidemocrática,
inadequada e anti-humana, queriam impedir que o ex-Presidente João Goulart
recebesse, postumamente, as homenagens dos seus cocidadãos no Rio Grande e,
especialmente, aqui em Porto Alegre. Era isso, Srª Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais quem queira discutir. Em votação a
Emenda nº 01 ao PLL nº 069/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLL nº 069/10. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o PLE nº 021/10. (Pausa.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, eu tenho uma dúvida muito forte que gostaria de ver esclarecida. Eu entendo que foi adiada,
anteriormente, a discussão, e não a votação. Tenho muito presente isso, porque
eu fui um dos poucos que discutiram. Acho que ainda está em discussão, e o que
consta como manifestação em votação da minha parte e dos demais colegas é um
pequeno lapso que está ocorrendo. Eu queria esclarecer antes, porque,
obviamente, gostaria de encaminhar posteriormente e, no caso, eu ficaria
impedido.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Verificaremos
a sua dúvida, Ver. Reginaldo Pujol. A Diretoria Legislativa informa que foi
adiada a votação, mas vamos verificar no Processo. (Pausa.) Há Requerimento do
Ver. João Antonio Dib, aprovado no dia 18 de outubro, solicitando o adiamento
da votação por três Sessões. Já havia o encaminhamento da matéria. Então, na
verdade, nós entramos em votação, está na folha de rosto que Vossas Excelências
têm em mãos. Encaminharam os Vereadores Oliboni, Dr. Thiago e Pujol.
O SR. REGINALDO PUJOL: Presidente, até para
prevenir manifestações futuras, até porque acho que há um equívoco, eu pretendo
oportunamente interpor recurso dessa decisão que considerou encerrada a
discussão, quando tal não ocorreu. O adiamento deu-se na discussão, quando nós
três tínhamos falado. Há um equívoco nesse Processo. De qualquer sorte, eu
tenho 24 horas para encaminhar o recurso. Seria um crime contra a Cidade que
esta matéria fosse votada por artifício regimental, sem uma discussão adequada,
é um absurdo, na democracia, a eventual reprovação da matéria.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Pujol,
eu concordo com a sua argumentação. Acho que nenhuma matéria deve ser votada
sem uma boa discussão com a Cidade. Consulto, então, os Vereadores e as
Vereadoras no sentido de deixarmos a matéria para o final da priorização do
dia, enquanto verificamos, no Processo, se houve a discussão, a manifestação do
conjunto dos Vereadores.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Muito obrigado, Srª Presidente.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Sempre às ordens, Ver. Pujol.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2021/08 – VETO
TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 053/08, de autoria do Ver. Engenheiro
Comassetto, que altera a al. b e inclui as als. f e g no
art. 1º da Lei nº 6.893, de 12 de setembro de 1991, alterada pela Lei nº 9.993,
de 16 de junho de 2006, redelimitando o Bairro Hípica e incluindo os Bairros
Chapéu do Sol e Campo Novo em rol que denomina e delimita bairros no Município
de Porto Alegre, e determina que a Secretaria do Planejamento Municipal efetue
os ajustes necessários à delimitação adequada desses bairros.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela manutenção
do Veto Total;
- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela rejeição
do Veto Total;
- da CEDECONDH. Relator Ver. Sebastião Melo: pela
manutenção do Veto Total;
- da COSMAM. Relator Ver. Dr. Thiago Duarte: pela
manutenção do Veto Total.
Observações:
- para aprovação,
voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;
- votação nominal
nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.
Na apreciação
do Veto, vota-se o Projeto:
SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;
NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.
- Trigésimo dia: 02-03-11 (quarta-feira).
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 053/08 com Veto Total.
(Pausa.) O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLL nº 053/08
com Veto Total.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Srª Presidente, demais Vereadores; autor deste
Projeto, Ver. Comassetto; eu pedi inscrição em primeiro lugar porque fui um dos
Relatores da matéria e emiti um relatório de contrariedade, mas tenho todo o
acordo em relação ao mérito da matéria. Antes do Parecer, o Ver. Comassetto me
disse que iria em direção ao Secretário Márcio Bins Ely. Eu lhe disse que, se
houvesse uma construção, eu mudaria minha opinião, porque penso que a matéria
tem mérito. O Líder do Governo me sinaliza, neste momento, que foi feito um
acordo com o Governo e foi dado um prazo, porque aqui, Ver. Comassetto, há
questões técnicas que precisam ser enfrentadas. Vossa Excelência, que presidiu
com brilho o Conselho do Plano Diretor do Extremo-Sul, sabe disto: é preciso
fazer uma concertação para a criação de um bairro. Acho justo, não vejo nada em
contrário. Então, Srª Presidente, vim à tribuna rapidamente, porque acho que é
uma matéria que não vamos discutir. Estou dizendo, como Relator da matéria, que
há todo o acordo no mérito, e, tendo o Líder do Governo negociado com o Governo
e este negociado com o Comassetto, eu votarei - com certeza, a base do Governo
também - pela derrubada do Veto.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLL nº 053/08 com Veto Total.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Em benefício da celeridade, eu não sou da base do
Governo, mas me somo à posição do Ver. Sebastião Melo. Nós tínhamos e temos
algumas dúvidas absolutamente menores do que a relevância do Projeto. Por isso
vou acompanhar a maioria e espero que o faça contribuindo para a unanimidade da
rejeição do Veto do Sr. Prefeito Municipal.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está encerrada a discussão. Em votação o PLL nº
053/08. (Pausa.) O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 053/08 com Veto Total.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas
Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores, eu quero iniciar a minha fala
neste encaminhamento cumprimentando um conjunto de lideranças comunitárias aqui
presente. Em primeiro lugar, cumprimento a Gringa, que é a Presidente do Fórum
de Planejamento da Região 8, onde este Projeto foi discutido, naquela etapa que
exige que os fóruns analisem e discutam os projetos. Quero cumprimentar também
o Héverson e o Marcelo, que compõem
o Fórum; as lideranças do Chapéu do Sol, Kátia, Vânia, Cláudio e Téo; a Heloísa
Helena e a comitiva da Hípica; a Arlete, ex-Presidente da Associação da Vila
Nova; e a Regina, do Campo Novo.
Essas lideranças todas compuseram o diálogo que nós
fizemos quando da construção deste Projeto em 2007. A partir daí, fomos a todas
as associações apresentar o Projeto, inclusive no Fórum de Planejamento, bem
como em outros fóruns da Região. O debate foi feito, e há a unanimidade das
lideranças comunitárias, Ver. Reginaldo Pujol, pela criação desses bairros. Ou
seja, o Campo Novo, que já existe há muito tempo, é chamado de bairro mas não é
bairro; o Chapéu do Sol, que já existe há muito tempo, é chamado de bairro mas
não é bairro. E o bairro Hípica, Professor Garcia, é somente da Av. Juca
Batista para a direita, em direção ao rio. Toda a região nova - que está em
plena expansão, onde tem a Morada da Hípica -, a comunidade identificada como
Hípica, mas que não é Hípica, é um vazio, porque não existe nenhuma identidade,
nem de um bairro nem de outro. Hoje anunciei aqui que ontem foi dada ampla
notícia, Ver. Elói Guimarães, de que o lotação está indo até a Hípica, mas até
onde o lotação está indo não é Hípica! Legalmente, não é bairro Hípica.
A nossa proposta traz o ajuste do limite do bairro
Hípica e a criação do bairro Chapéu do Sol e bairro Campo Novo. Pois bem, em um
acordo com o Líder do Governo, Ver. João Antonio Dib, os técnicos do
Planejamento se manifestaram favoráveis à criação, mas levantavam algumas discordâncias
quanto a pequenos limites. Nós construímos uma emenda que diz que a Secretaria
Municipal do Planejamento tem até seis meses, após a aprovação da lei, para
publicar os mapas com os devidos ajustes efetuados. Com isso não estamos
inibindo aqui a questão da Secretaria do Planejamento e, ao mesmo tempo,
estamos acordando com a base do Governo. Fomos dialogar com o Sr. Prefeito José
Fortunati e com a sua base, que deram acordo pela derrubada do Veto em nome
desse trabalho coletivo que a Câmara aqui vem desenvolvendo pela criação do
bairro Chapéu do Sol, pela criação do bairro Campo Novo e pelo ajuste dos
limites do bairro Hípica, dando um prazo de seis meses para que a Secretaria do
Planejamento possa efetivamente ajustar algum limite em que porventura haja
alguma discordância.
Esta é a minha fala de encaminhamento nesse acordo
já preestabelecido com a base do Governo e com todos os Partidos políticos.
Pedimos à representação que está aqui presente, com as lideranças de toda a
Região, o cumprimento do trabalho desenvolvido e pedimos aos colegas Vereadores
a manutenção do Projeto como aprovamos aqui há poucos dias, ainda na gestão do
Ver. Nelcir Tessaro. Um grande abraço. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal o PLL nº 053/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
o Projeto por 23 votos SIM. Rejeitado o
Veto.
Parabéns às comunidades, pela luta; parabéns aos
bairros Hípica, Chapéu do Sol e Campo Novo! E parabéns ao Ver. Comassetto, pela
capacidade de convencimento e de diálogo com o Governo, que viabilizou esse
belo acordo.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 4226/10 – VETO
PARCIAL ao PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 012/10, que dispõe sobre os Centros
Administrativos Regionais (CARs) e dá outras providências.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela manutenção
do Veto Parcial;
- da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela
manutenção do Veto Parcial;
- da CUTHAB. Relator Ver. Nilo Santos: pela
manutenção do Veto Parcial;
- da CEDECONDH. Relatora Verª Maria Celeste: pela
rejeição do Veto Parcial.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA.
Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;
NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.
- Trigésimo dia: 02-03-11 (quarta-feira).
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLCE nº 012/10 com Veto Parcial
(Pausa.) O Ver. Toni Proença está com a palavra para discutir o PLCE nº 012/10
com Veto Parcial.
O SR. TONI
PROENÇA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, senhoras e senhores, não entendo as razões do Veto a esta Emenda,
já que o Projeto de Lei, na sua justificativa, diz (Lê.): “Art. 1º Os Centros
Administrativos Regionais, criados pelo § 1º do Art. 1º da Lei Complementar nº
273, de 18 de março de 1992, representam a Administração Municipal nas
respectivas regiões e estão administrativamente subordinados à Secretaria
Municipal de Coordenação Política e Governança Local.” Diz a Emenda (Lê.):
“Parágrafo Único - As 17 regiões da Cidade de que trata o caput deste Artigo são [...]” E passa a descrever as 17 regiões do
OP.
Ora, a lei propõe a institucionalização dos Centros
Administrativos, que existem desde 1992. Eu procurei aqui o meu Plano de
Investimentos do OP de 1992 e não achei, mas achei o de 1994, e está lá escrito
região por região: 16 CARs. Em 2006, o então Prefeito Fogaça criou o 17º, que
era o das Ilhas. Então eu pergunto: se isso já existe, e o Prefeito Fortunati
estava com a lei proposta e aprovada, institucionalizando o que já existe por
lei desde 1994, tenho aqui o Plano de Investimento 2010/2011, em que constam as
17 regiões, por que não implantar um CAR em cada região? Por que algumas
regiões serão penalizadas e não terão lá a representação administrativa do
Executivo Municipal na sua relação com as comunidades, no atendimento das
demandas por serviços? Existe uma incoerência muito grande entre o que propõe a
lei e o Veto a esta Emenda, que contempla as 17 regiões. Essas 17 regiões
teriam que ter o mesmo acesso a todos os serviços e o mesmo acesso ao Executivo
Municipal, região por região.
Quais as regiões que não vão ter CAR? Por que essas
regiões serão penalizadas? Alguns argumentam, os técnicos da Prefeitura, que lá
nas regiões Glória, Cruzeiro e Cristal tem que ter um CAR só. Pois muito bem, o
cidadão lá do Cristal tem que se deslocar até a Vila Cruzeiro, até a Grande
Cruzeiro, onde está situado o CAR, o mesmo acontecendo com quem é da Glória.
Está aqui o Sílvio, do Jardim Marabá, que faz sinal. Por que não ter um CAR na
Glória? Por que não ter um CAR no Cristal? Nós constituímos o CAR da Lomba do
Pinheiro. Está aqui a Verª Maristela Maffei, que pode confirmar que aquela era
uma demanda antiga da comunidade. Por que não, tranquila e paulatinamente,
implantar os 17 CARs nas 17 regiões do Orçamento Participativo?
Argumenta o Governo que chegaríamos no máximo a 14
e que isso geraria um custo. Ora, o custo de um CAR nada mais é do que um
assistente administrativo, uma linha telefônica e uma linha de computador,
porque já existem as 17 Coordenações Regionais do Orçamento Participativo, os
famosos CROPs - pois eles poderiam ser os representantes da Prefeitura nas 17
Regiões. Apenas se precisa-se só, nas cinco regiões, da base física e da
estrutura necessária para implantar o CAR. É uma incoerência o Veto à Emenda.
Não diz o Veto quais as regiões que não serão contempladas pela lei. Por que
essas regiões serão discriminadas? Peço, então, aos meus Pares, que derrubem o
Veto Parcial. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para
discutir o PLCE nº 012/10 com Veto Parcial.
O SR. MAURO
ZACHER: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, confesso
que debater este assunto com o Ver. Toni Proença não é uma tarefa nada fácil,
porque ele já foi Secretário da Pasta, entende com propriedade, conhece os
assuntos, conhece as demandas. Em algum momento, tivemos a oportunidade de
discutir, Ver. Toni Proença, que, talvez, a presença da Prefeitura através dos
CARs deveria se estender de uma maneira que os Centros Administrativos pudessem
chegar cada vez mais próximos ao cidadão, prestar os seus serviços e conseguir
ter mais autonomia. No entanto, não há esse entendimento por parte do
Executivo, pelo menos por ora, talvez por aumento de despesa, de recursos, pois
necessitaria de mais mão de obra, de contratação de pessoal, de utilização de
espaços físicos.
A proposta do Ver. Toni Proença é conveniente,
oportuna para um bom debate. Talvez essa seja uma proposta, um encaminhamento
para os próximos anos; talvez, através do Veto de hoje, iniciemos um processo
de discussão em que possamos aprimorar a nossa ação, contribuir para que o
Executivo também enxergue a necessidade de ter uma estrutura administrativa melhor.
O Projeto faz com que Secretarias de diversos setores da Prefeitura comecem a
enxergar a Cidade com critérios iguais, coisa que não acontecia num passado
recente, em que tínhamos a ação da Secretaria da Saúde de modelo em um
território e a ação dos Conselhos Tutelares num outro território. Este Projeto,
pelo menos neste momento, reconstrói esse recorte territorial da ação do
Município da Prefeitura.
Então, Ver. Toni Proença, que não concorda comigo e
com as minhas palavras - eu disse que o desafio aqui de debater com V. Exª
seria muito grande -, eu quero entender que, com este Veto, talvez o Executivo,
neste momento, não queira aumentar os custos, não queira trazer mais despesas,
embora entenda a bela contribuição que o Ver. Toni Proença traz com as Emendas.
Acho que fica aqui um assunto, uma pauta que não se encerra hoje com a
manutenção ou com a derrubada deste Veto. É evidente que a Bancada do PDT irá
acompanhar o Veto do Prefeito, porque assim entende o Chefe do Executivo, quer
que a gente possa construir nesse sentido. Ver. Dib, essa é uma pauta
importante, outras Prefeituras, como a de São de Paulo - já existem
subprefeituras, unidades administrativas -, estão lá atendendo a população no
seu dia a dia. Mas o Projeto em si traz um belo avanço - eu quero repetir aqui
- no recorte territorial, possibilitando que a transversalidade da gestão seja
mais eficiente, fazendo com que o Executivo possa ter um olhar muito melhor
para a ação da Prefeitura nas diversas regiões. É por isso que a Bancada do PDT
irá manter o Veto, por ser uma decisão do Executivo, mas essa matéria abre uma
brecha para um belo debate mais adiante. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para
discutir o PLCE nº 012/10 com Veto Parcial.
A SRA.
MARISTELA MAFFEI: Srª Presidente, Srs. Vereadores, senhoras e
senhores, eis aqui um assunto importantíssimo para a nossa Cidade. Acho que a
iniciativa do Executivo em propor a discussão é importante, mas é louvável a
Emenda do Ver. Toni Proença.
Quero usar um exemplo bem prático: no corpo da Lei
do Executivo Municipal, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, Ver. João
Dib, ele entra no mérito apenas de um Centro Administrativo; com toda a
importância, relevância, por ser o Centro. Agora, vamos pegar o exemplo, Ver.
Airto Ferronato, da região da Lomba do Pinheiro. Hoje, apesar de termos a
estrutura, ainda estamos ligados ao Centro Administrativo do Partenon. Uma
região como a nossa, com mais de oitenta mil pessoas, onde já existe a
estrutura, está ainda ligada, administrativa e politicamente, ao Partenon. Não
há autonomia para desenvolvermos o nosso projeto. O que nós necessitamos agora,
com a implementação da Praça da Juventude, que é lá em cima? Vão querer jogar
isso tudo para a comunidade, Ver. Pujol? Tem que ter o administrativo, tem que
ter uma pessoa responsável por isso. Se demanda, caro Prefeito e amigo
Fortunati, mais um agente administrativo, ótimo! A região necessita disso, as
regiões necessitam disso. Não estou puxando apenas para a região onde eu moro,
mas falo por conhecimento. A própria Noroeste, por exemplo, onde eu atuo muito,
no Centro Social Marista, carece do mesmo problema.
Se formos olhar, analisar a nossa Cidade, quem
ganha com isso? O Executivo ganha com isso; a Câmara de Vereadores ganha com
isso; a sociedade em geral, na infraestrutura, também ganha. Eu vou votar pela
derrubada parcial do Veto, porque acho que a Emenda do Ver. Toni Proença é
merecedora de todo o mérito. É louvável a Emenda, merece, sim, uma discussão
longa, mas a discussão e o Projeto têm que começar agora, porque as
necessidades estão aí, e nós temos que ser parceiros da Cidade, sem achar que
não temos responsabilidade com o Executivo Municipal de Porto Alegre. Muito
obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maria Celeste está com a palavra para
discutir o PLCE nº 012/10 com Veto Parcial.
A SRA. MARIA
CELESTE: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, o que está
em discussão é o Veto Parcial do Sr. Prefeito, portanto o Projeto que veio da
reestruturação e regionalização dos CARs será mantido. Foi vetado exatamente o
art. 1º, quando, através de uma Emenda, o Ver. Toni Proença expõe o que já
existe na realidade da Cidade. Hoje nós temos 17 Centros Administrativos
Regionais na Cidade já operando com os CROPs necessários, ou seja, com as
pessoas responsáveis para trabalhar com o Orçamento Participativo nas 17
regiões da Cidade. Já existe a estrutura física; não haverá aumento de recurso para
institucionalização, efetivamente, desses Centros Administrativos Regionais. O
Ver. Toni Proença teve todo o cuidado de trazer para o Projeto aquilo que já
acontece na vida real. Causa-me estranheza o veto à parte do Projeto onde
colocamos o que já acontece na prática da Cidade.
Mais do que isso: existe um grande esforço - como
Presidente da Comissão de Direitos Humanos, eu estive reunida com o Secretário
da Governança Local; o Ver. Luciano Marcantônio estava lá também - pela
unificação das redes de atendimento nas regiões da Cidade, tanto da Saúde, como
Assistência Social, Educação e Conselho Tutelar, para facilitar a interface
necessária, Ver. Carlos Todeschini, ao atendimento do serviço da região. Isso,
concretamente, já está acontecendo. Esse grande esforço eu acho extremamente
importante e necessário, e agora o Prefeito vem e diz: “Não, não quero isso
dessa forma! Não quero que sejam instituídas as 17 Regiões.”
Ora, então existe uma diferença entre o que está
sendo operacionalizado na prática, especialmente, pela Secretaria de Governança
com o que pretende o Gabinete do Prefeito, que manda para cá um Projeto com uma
lógica com a qual todos nós comungamos e achamos interessante: a unificação da
rede de atendimento na cidade de Porto Alegre através da Saúde, da Assistência,
da Educação, neste primeiro momento, o que é louvável, necessário, a partir dos
indicadores construídos pela própria Secretaria de Governança através do
Observatório de Porto Alegre, que é extremamente significativo. E agora, quando,
na prática, se vai territorializar toda ela - não é, Verª Maristela? -, quando
se vai dar o formato necessário à Região, o Prefeito diz que não, que isso não
serve neste momento, porque há custos. Não há custos! Não há custo, já existe
na prática: as pessoas com CCs que estão dentro dos CARs são as mesmas, porque
elas operam em duas regiões. Assim como no exemplo da Lomba do Pinheiro trazido
pela Verª Maristela, o CAR da Zona Norte atende duas regiões: Sarandi e Eixo
Baltazar; na Região Leste, o CAR atende o bairro Bom Jesus e atende a Vila
Safira.
Então, precisamos, efetivamente, colocar isso na
lei e fazer com que a Emenda de autoria do Ver. Toni Proença seja mantida. Se a
discussão precisa ser aprimorada, se há necessidade de criar mais regiões, isso
é um segundo passo; o primeiro passo é derrubarmos o Veto Parcial colocado pelo
Prefeito, porque precisamos partir de um primeiro ponto, de uma
territorialização necessária, para que haja, de fato, a unidade dessas redes de
atendimento. E mais: que alguém administre, lá no CAR, essa rede de atendimento
e tenha não só o poder da administração, mas o poder de fazer a interlocução
com as Secretarias, porque este é o grande problema que enfrentamos hoje nas
nossas comunidades: encaminha-se para determinada Secretaria, e não é com
aquela, é com a outra, e o Coordenador do CAR fica pipocando entre uma
Secretaria e outra para que se consiga realizar o serviço. Portanto, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, eu gostaria de pedir a derrubada do Veto Parcial.
Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLCE nº 012/10 com Veto Parcial.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, é possível até que o Ver. Toni Proença tenha razão na sua
observação de que o art. 1º do Projeto induziria a um tipo de compreensão que
não é exatamente aquele anunciado quando o Projeto ingressou na Casa. Todos
devem recordar, Ver. João Dib, que o Prefeito José Fortunati, ao apresentar o
Projeto, foi textual ao dizer que se faria uma experiência pioneira no Centro
da Cidade, iniciando um processo de descentralização. De certa forma, é
paradoxal que se inicie um processo de descentralização administrativa partindo
do Centro da Cidade, e é o que está acontecendo.
As alegações oferecidas ao Veto, no meu
entendimento, muito semelhantes às do Ver. Mauro Zacher, se somam. Faço essa
colocação podendo silenciar-me neste assunto, quem saber até me abster. Isso
teria o mesmo efeito, e eu não estaria contrariando esse dinâmico Vereador que
é o Ver. Toni Proença. Mas, ainda que o art. 1º possa ensejar essa dúvida de
interpretação, que eu particularmente não tenho, não quer dizer que a gente vá
cometer um segundo erro agora só porque houve suspeita de erro no primeiro
momento. Indiscutivelmente, da forma como foi oferecida a Emenda do Ver. Toni
Proença, nós temos uma indexação definitiva. Nós teremos que ter administrações
regionais em todos os lugares ali anunciados. Eu pergunto se o bairro Menino Deus,
por exemplo, vai querer ter uma administração descentralizada, ele, que está
tão próximo do Centro da Cidade. A Emenda, na sua argumentação, reconhece que
existe característica diferente entre uma e outra região de Porto Alegre.
Ver. Airto Ferronato, V. Exª inspirou-me muito,
porque o seu Parecer é um trabalho de fôlego, de profundidade, esclarecedor e
indutor do meu voto, mas eu gostaria, politicamente falando, que, em vez de a
experiência ser no Centro da Cidade, onde eu moro - eu, o Ver. Adeli Sell e
outras pessoas, nós vamos procurar colaborar com esse Centro de Administração
Regional -, a coisa não começasse aqui, começasse na periferia, começasse lá
pela Restinga, por exemplo, onde eu acho que a necessidade de se formar um
Centro Administrativo Regional eficiente, competente e com competência legal é
uma exigência que se faz com grande brevidade. Mas o objetivo inicial é fazer a
experiência no Centro Histórico, por todas as razões no mínimo justificadas,
até porque é o bairro mais populoso de Porto Alegre, é o Centro Histórico da
Cidade, por isso eu acredito que o Ver. Airto Ferronato esteja repleto de razão
quando faz essa aprofundada análise do contexto em que o Projeto se insere e
das suas consequências.
Então eu trago ao Ver. Toni Proença aquela
expressão que nós usualmente usamos: com todo o respeito, com todo o carinho e
com todo o afeto, eu coloco a minha discordância. Fico com o Parecer do Ver.
Ferronato, a que já votei favoravelmente em outra ocasião, acho que ele é muito
isento, muito responsável, muito profundo e muito sábio. Manterei o Veto e não
agasalharei a proposta do ilustre Ver. Toni Proença pelas razões que já
coloquei. Era isso, Srª Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir o PLCE nº 012/10 com Veto Parcial.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Vereadores, Vereadoras, público que
nos assiste, há que se reconhecer que o Prefeito Fortunati tem tomado uma série
de iniciativas importantes para o desenvolvimento da Cidade, são grandes
projetos, principalmente os vinculados à COPA, que vão impactar de forma
importante a nossa Cidade, mas também tem que ser visto que os serviços da
cidade de Porto Alegre continuam com nota muito baixa! Os serviços continuam de
péssimos a ruins, em todas as áreas: esgoto, drenagem, coleta do lixo,
manutenção das ruas, iluminação pública... Está muito ruim, está muito ruim
mesmo! E eu vejo aqui, na Emenda do Ver. Toni Proença, um resgate inteligente,
que inclusive coincide com a nossa lei das AISPs, que define e organiza os
serviços públicos a partir do critério da divisão geográfica do Orçamento
Participativo, que é uma ideia que o senhor tenta resgatar.
Eu tenho dito e vou dizer ao Prefeito, que vem aqui
na quarta-feira: o senhor tem grandes vitórias em algumas áreas da Cidade, mas
tem uma dívida muito grande, e essa dívida se dá porque a Prefeitura, ao invés
de ter avançado, sofreu um retrocesso, porque as Secretarias não conseguem
trabalhar em conjunto. No nosso tempo, no tempo da Administração Popular,
tínhamos dificuldade, sim. Não vou dizer que era “um mar de rosas”, havia muita
dificuldade em realizar trabalhos integrados entre as Secretarias, mas hoje há
um verdadeiro retrocesso, há um atraso. Fui à abertura do verão no bairro Lami,
e lá foi apresentado como grande obra o fato de dezoito Secretarias terem
trabalho em conjunto. É importante e fundamental que isso aconteça, mas não é
obra de vitória. Isso é obrigação, para que o trabalho, para que o serviço
público dê um retorno adequado à cidadania.
O Ver. Toni tenta estabelecer aqui, por meio desta
Emenda, critérios ao Orçamento Participativo e à Governança Solidária, são os
critérios que regionalizam a Cidade e que dão o sentido de unidade. O cidadão
não quer saber se o problema do esgoto que ele enfrenta é do DMAE, do DEP; ele
não quer saber se o problema da rua esburacada é da SMOV ou de outra
Secretaria, ele quer um serviço público prestado pela Prefeitura de Porto
Alegre. E isso não vem acontecendo; ao contrário, há um enorme retrocesso que
precisa mudar. Eu vejo, Toni, que isso, pelo menos, é a base, são os pilares
para que não só a cultura mude, mas para que efetivamente haja um esforço
permanente e integrado e uma superação dessa fragmentação com que as coisas são
tratadas.
Ontem estivemos novamente na Feira da Vila Nova,
por exemplo. Foi feito um ato, por parte da SMIC, de jogar a feira para as ruas
adjacentes, sendo que a feira estava, há oito anos, na Av. Otto Niemeyer. Na
quarta-feira pela manhã, o Prefeito me ligou dizendo: “Batemos o martelo, a
feira volta para a Av. Otto”. Ver. DJ Cassiá, que é Vice-Líder do Governo, que
me escuta atentamente: qual é a dificuldade de a feira voltar para onde ela
estava? Estendo a pergunta ao Ver. Adeli, que já foi Secretário da SMIC. Eu
creio que, em dez minutos, se resolveria. Pois bem, ontem a feira continuava
lá. De manhã, coloquei uma banca para recolher assinaturas para um
abaixo-assinado sobre as manifestações, de novo, para uma atitude do
Secretário, quem sabe agora se consiga. Recolhemos, pela manhã, oitocentas
assinaturas espontâneas! Espontâneas!
Então, vejam como é desconexo, descoordenado e como
nós temos problemas, sim, pela falta de empoderamento e de autoridade dos
Centros Administrativos Regionais, os CARs. É o que esta Emenda procura
resgatar. Por isso o Veto tem que ser rejeitado. Um abraço. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luciano Marcantônio está com a palavra para
discutir o PLCE nº 012/10 com Veto Parcial.
(O Ver.
DJ Cassiá assume a presidência dos trabalhos)
O SR. LUCIANO
MARCANTÔNIO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, demais
pessoas presentes no Plenário, no momento em que o Secretário Busatto reassumiu a Secretaria Municipal de
Coordenação Política e Governança Local, juntamente com o Prefeito Fortunati -
e eu tive a honra de, nesse período, estar ao lado como Secretário-Adjunto da
Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local -,
uma das questões mais importantes que começaram a ser tratadas pelo Prefeito
Fortunati e pelo Secretário Busatto - e que continua sendo tratada - foi a
reestruturação dos CARs, dos nossos importantes Centros Administrativos
Regionais. É no CAR que a sociedade faz a sua interlocução com o Governo; é
através do CAR que se coordenam as ações na Região do Orçamento Participativo,
em que ocorrem os Fóruns Regionais do Orçamento Participativo - FROPs. O CAR é formado por um
Coordenador do Centro Administrativo e por um Coordenador Regional do Orçamento Participativo, o CROP,
ambos vinculados à gerência do Orçamento Participativo, que trabalha de forma
casada com o Conselho do Orçamento Participativo.
Na gestão Fortunati não existe algo mais sagrado do
que a interlocução com os movimentos sociais. Por isso que este Projeto de Lei
da regulamentação dos CARs, definindo o papel dos CARs, para fortalecer,
empoderar, dar estatura para os nossos CARs, visa exatamente a levar aquilo que
a sociedade espera: respeito aos movimentos sociais. Então, o Prefeito
Fortunati, a Secretaria de Governança, o Secretário Busatto propuseram este
Projeto de Lei de forma brilhante, no sentido de fortalecer as relações do
Governo com o movimento social.
Hoje nós temos 12 CARs em Porto Alegre. Estamos
ampliando para 14 CARs, com o CAR Noroeste e o CAR da Extremo-Sul. Em breve,
vamos chegar a 17 CARs, mas todo esse crescimento e essa ampliação têm que ser
feitos de forma planejada e principalmente dialogando com a comunidade. Por
isso o Ver. Toni Proença está de parabéns, por ter feito esta Emenda, mas o
Executivo, com responsabilidade, vai fazer a ampliação devidamente debatida com
a comunidade e com cuidado administrativo, para que nós possamos realizar
aquele que é o grande objetivo da Prefeitura de Porto Alegre, que é termos,
sim, todos os CARs estruturados, em condições de atender as demandas, fazer a
interlocução e, com isso, darmos para o cidadão de Porto Alegre aquilo que ele
precisa, que é um serviço básico de qualidade.
O Projeto regulamenta o papel dos CARs, o
crescimento, dialogado com a sociedade, de 12 para 14 CARs; a continuidade
desse debate e a transformação inicialmente do modelo de CAR, através do CAR
Centro, são passos decisivos, importantes, para que a democracia participativa
tenha cada vez mais e maiores espaços na sociedade de Porto Alegre. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir
o PLCE nº 012/10 com Veto Parcial.
O SR. ADELI
SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu
confesso que há algumas coisas que eu não entendo muitas vezes; quem sabe a
Liderança do Governo possa explicar. Recentemente nós demos apoio aqui à
criação do CAR do Centro Histórico. Evidentemente, o Centro Histórico é
fundamental, determinante, porque ali é o coração da nossa Cidade, mas a
proposição do Ver. Toni Proença ao criar, ou melhor, ao aumentar e redefinir
essa questão das regiões do OP é muito importante. Vejam o seguinte: como nós
podemos juntar numa única Região o Cristal, com suas peculiaridades; a Grande
Cruzeiro, mesmo sendo lindeira, é completamente diferente; e a Glória, lindeira
ao Cristal, que é outra Região, para não falar, inclusive, de uma parte que
pega alguns outros bairros periféricos, em algumas aglomerações populacionais
naquela Região? Nós não estamos criando uma infinidade de Centros
Administrativos. Estamos criando aquilo que é, na verdade, a naturalidade do
processo pelo qual as pessoas se organizam nas suas Regiões. É evidente que o
Ver. Toni Proença pode fazer isso, porque participou do Orçamento
Participativo, tendo a vivência desse cotidiano, tendo sido um dos gestores no
Governo passado. E a gente vê hoje a dificuldade que os CARs têm por sua
organização precária, precaríssima, de atender à população.
Ver. Mauro Pinheiro e Verª Maria Celeste, que
conhecem bem a Zona Norte de Porto Alegre, olhem a situação da Vila Safira. O
CAR cuida da Vila Safira? Eu duvido que cuide! Agora eu vou para outra Região,
eu vou para a Lomba do Pinheiro, Verª Maristela Maffei. O que o CAR faz pela
Vila dos Herdeiros? Nada, absolutamente nada! Vamos pegar a Região Nordeste. O
que o CAR faz pela Bom Jesus? Nada, absolutamente nada! Ou seja, nós temos uma
precariedade de serviços na cidade de Porto Alegre, e o Governo insiste em não
querer ampliar o papel dos Centros Administrativos Regionais.
Vereador João Dib, alguma coisa vai mal na
Prefeitura! E o que vai mal é exatamente a questão dos serviços. Se a
Prefeitura não mudar, a população vai continuar numa situação difícil e vai
continuar demandando, e a sua voz somos nós aqui, os fiscais da Prefeitura,
aqueles que, na situação ou na oposição, não podem escolher se vão levar
adiante uma demanda ou não; são obrigados a levar adiante uma demanda, porque
são pagos pela população de Porto Alegre para cuidar dos interesses da Cidade.
Portanto, nós nos opomos ao Veto Parcial do Prefeito Municipal e queremos
louvar a atitude do Ver. Toni Proença e de todos aqueles que vieram aqui
defender a melhoria dos serviços em Porto Alegre e o maior poder aos Centros
Administrativos Regionais.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
discutir o PLCE nº 012/10 com Veto Parcial.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e
senhores que nos acompanham na tarde de hoje aqui na Câmara, pela televisão e
pelo rádio, eu escrevi o Parecer e vou votar com o meu Parecer, pela manutenção
do Veto, concordando com aquelas manifestações que aqui tivemos. Nós estamos
aqui discutindo os nossos Centros Administrativos, tema bastante positivo para
a Cidade, trata-se dos nossos - entre aspas - CARs, o que,
na verdade, algumas cidades têm nas suas subprefeituras. Porto Alegre tem CARs
- Centros Administrativos Regionais -, e nós temos regiões, meu caro Ver.
Todeschini, do OP, regiões CAR que tratam de como se administram as unidades da
nossa Cidade.
O Prefeito Municipal
coloca, no final das suas argumentações, que este Projeto trata da organização
e do funcionamento da Administração, e isso é uma tarefa que cabe ao Executivo
Municipal. Se o Executivo Municipal se manifesta contrariamente, eu, que votei
favorável, inicialmente, à proposta do Ver. Toni, não tenho outra alternativa a
não ser dizer: se há uma posição contrária do Executivo para uma questão que
trata do funcionamento e da administração da Cidade, não nos resta outra
posição a não ser votar favorável à manutenção do Veto. O Prefeito Municipal,
meu caro Ver. Toni Proença, entende que este não é o momento apropriado para se
criar esse tipo de estrutura na Cidade. Portanto, mantenho a minha posição e
vou votar favoravelmente à manutenção do Veto.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Mauro
Pinheiro está com a palavra para discutir o PLCE nº 012/10 com Veto Parcial.
O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente,
Vereadores, Vereadoras, público que nos assiste pelo Canal 16, público das
galerias, Ver. Toni Proença, só alguém que trabalhou tanto tempo ligado ao
Orçamento Participativo como V. Exª é que poderia apresentar este Projeto, que
é de suma importância para as comunidades. O Parecer da Verª Maria Celeste está
bem claro quando afirma que é mais fácil para as comunidades levarem suas
demandas ao CAR da sua região, para os encaminhamentos necessários.
Infelizmente, o
Governo veta dizendo que vai estudar um planejamento para a Cidade. Mas o
grande problema não é só o Projeto, Ver. Toni, é a dificuldade que
esta gestão da Prefeitura tem de trabalhar em conjunto com as Secretarias, isso
nós vemos no dia a dia quando visitamos as comunidades. Posso dar o exemplo do
arroio Sarandi. Estive lá com o Ver.
Toni Proença, e o próprio engenheiro disse que a obra estava parada porque o
muro tinha sido feito em cima do talude e que não poderia ser mexido porque a
Secretaria do Meio Ambiente não liberava o corte de uma árvore. Já foi feita a
licitação, já foi feito o projeto, e agora terão de refazer projeto, porque as
Secretarias não conseguem trabalhar em conjunto. Os muitos Partidos que fazem
parte da base do Governo na Prefeitura não conseguem conversar, dificultando o
alinhamento.
O Ver. Toni diz que os CARs seriam criados para
melhorar as condições de atendimento à população, mas dizem que não são
necessários e que não há condições financeiras para criar novos CARs. Talvez
esteja enganado, mas em momento algum ouvi o Ver. Toni dizer que há um prazo
para a criação dos CARs. Se serão criados, Ver. Marcantônio, por que não aprovar o Projeto? Quando
o Governo tiver as condições necessárias, os recursos, já estará aprovado o
Projeto por esta Casa. Não há data para a sua realização, não diz quando o CAR
deverá estar estabelecido.
Então, o Governo não aceita, e as Secretarias, sob
a gestão desta Prefeitura, não trabalham em conjunto. A mesma coisa aconteceu
nesta Casa na semana passada, quando os Vereadores do Partido dos
Trabalhadores, oposição, tiveram que votar com o Governo para derrubar uma
Emenda, uma vez que a base do Governo não conseguia se acertar. Essa falta de
gestão, essa falta de acerto dentro do Governo faz com que a Cidade não ande!
Nós vamos votar com o Ver. Toni Proença pela derrubada do Veto, porque isso é
bom para a Cidade.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ CASSIÁ): Está encerrada a discussão. Em votação o PLCE nº
012/10. O Ver. Toni Proença está com a palavra para encaminhar a votação do
PLCE nº 012/10 com Veto Parcial.
O SR. TONI
PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, Ver. Mauro Zacher, eu vou aceitar a provocação e a sua sugestão.
Ouvi atentamente aqueles que subiram a esta tribuna e se manifestaram a favor
do Veto. E ouvi também muitos equívocos nos discursos. Eu não sou o corregedor
da Câmara, mas quero lembrar ao Ver. Luciano Marcantônio que já existem dez
CARs. Os outros dois são postos avançados: na Região Nordeste e no Eixo
Baltazar, mais precisamente no Centro Vida.
Eu queria só que o Governo explicasse, já que
aparentemente o Veto vai ser mantido e já que o Governo diz que vai chegar a 14
CARs, quais são as três sub-regiões que nós vamos criar a partir de agora. São
três regiões que não vão ter o mesmo direito e serão discriminadas pela
Administração Municipal, porque não vão ter condições de ter o seu Centro
Administrativo Regional. Com isso, nós estamos discriminando três regiões. Nós
vamos criar em Porto Alegre três sub-regiões que não terão direito a um Centro
Administrativo Regional, em que a comunidade não poderá estabelecer diretamente
o seu vínculo com o Poder Executivo.
O que fiz ao propor 17 Centros Administrativos
Regionais foi, como mostrei aqui, consagrar uma prática que já existe desde
1992. Assim como fez o Prefeito ao instituir o CAR Centro, ele nada mais fez do
que institucionalizar uma coisa que já existia há muito tempo; o que ele fez
foi dar novas atribuições ao CAR. Pois muito bem, que se deem novas atribuições
aos CARs nas 17 regiões. Por que nós vamos estabelecer que três regiões de
Porto Alegre, sem explicitar quais, a partir de agora serão sub-regiões? Serão
regiões que não terão direito a um Centro Administrativo Regional.
Quanto ao discurso e ao argumento de que vai gerar
custos para o Executivo, quero dizer que isso não é a expressão da verdade. O
que acontece é que em cada CAR nós temos um coordenador de CAR e um CROP para
cada região. Hoje são necessários 17 CROPs e 10 coordenadores de CARs para
fazer funcionar um Centro Administrativo Regional, e isso pode muito bem ser
feito, pois o CROP já existe, já está contratado pela Prefeitura; precisamos só
da estrutura física, e, em todos os casos, é aproveitado o próprio municipal ou
de outra Secretaria, ou de algum departamento. Portanto, não há custo de
locação, não há custo de telefone, nem de computador. Talvez seja necessário
remanejar algum assistente administrativo, essa seria a necessidade. Não tem
custo nenhum, e, se fosse por custo, quero dizer a vocês que votei, ao longo do
ano passado, muitos Cargos em Comissão para reestruturar o Governo. Portanto,
se as comunidades não têm direito a gerar mais um custo para a Prefeitura, não
é verdade que a reestruturação e a revitalização do OP são prioridades deste
Governo, porque essa estrutura do Centro Administrativo foi criada a partir da
implantação do Orçamento Participativo. Quero dizer a vocês que estamos criando
três sub-regiões e não estamos mantendo a coerência do discurso, e é por isso
que eu peço a derrubada do Veto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Nilo Santos está com apalavra para
encaminhar a votação do PLCE nº 012/10 com Veto Parcial.
O SR. NILO
SANTOS: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, senhores e senhoras, especialmente a minha querida Verª Maria
Celeste, da Bancada do Partido dos Trabalhadores, Ver. Toni, a ideia é
maravilhosa. Em momento algum o Prefeito disse que essa ideia não era boa, em
momento algum o Prefeito disse que essa não era uma ideia dele também! O
problema todo é que essa decisão não pode partir do senhor. Essa é uma decisão
que não é minha, não é do Ver. Luciano Marcantônio, não é do Ver. Tarciso, não
é do Ver. Mario Fraga, não cabe ao competente Ver. Adeli Sell, ao Ver. Pujol,
ao Ver. Todeschini, ao Ver. Elói Guimarães, ao Ver. Nelcir Tessaro; compete ao
Prefeito, ao Poder Executivo! Inclusive, Ver. Toni Proença, o senhor passou lá
pela Secretaria, e a ideia não foi posta em prática naquela época porque não
havia condições para isso, não houve condições de ser aplicado o que o senhor
quer hoje.
Como Vereador, não há possibilidade de nós impormos
ao Prefeito, Ver. Tarciso, a execução disso! Então, o Veto não é à sua ideia, o
Veto não é a essas comunidades que ficarão descobertas, o Veto é porque o
Prefeito entende que, neste momento, não tem como fazer, mas ele pretende
executar isso, o senhor pode ter certeza.
(Aparte antirregimental do Ver. Mauro Pinheiro.)
O SR. NILO
SANTOS: Mas não compete ao Legislativo determinar isso ao Executivo! Está
invadindo, é uma invasão! Está invadindo o Poder Executivo. Verª Maria Celeste,
é claro que a senhora está parabenizando o Ver. Toni Proença, mas a senhora
sabe que isso não é possível - a Verª Maria Celeste aplaude aqui, mas, ao mesmo
tempo, ela sabe que o Prefeito tem de vetar, precisa vetar, Ver. João Dib,
porque é uma invasão de competência, infelizmente. O senhor pode ter certeza,
Ver. Toni, de que o Prefeito está pedindo, sim, que seja vetado, mas, ao mesmo
tempo, ele está o aplaudindo, porque o senhor tem a mesma ideia que ele tem, só
que ele é quem vai executar, e o senhor não pode impor isso. Obrigado, votamos
pela manutenção do Veto.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para
encaminhar a votação do PLCE nº 012/10 com Veto Parcial.
A SRA.
MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, eu não ia me inscrever, mas, provocada pelo bom argumento do Ver.
Nilo - gostaria que o Vereador permanecesse um minutinho no plenário -, quero
dizer o seguinte: todos nós temos conhecimento das questões de vício de origem,
enfim, de muitos projetos que não podemos fazer nesta Casa. Nós não podemos
derrubar um Veto Parcial do Prefeito Municipal? Não é prerrogativa desta Casa?
Se esta Casa não pode ter projeto de origem do Executivo, porque está na
Constituição, tudo bem; agora, eu pergunto o seguinte para o senhor: se havia
um acordo discutido com - eu nem vou falar do Prefeito José Fortunati - a
Governança, de que a região da Lomba do Pinheiro ia ser desvinculada do
Partenon... Não está aqui no Projeto dito isso! Quem é que nos garante que vai
ser colocado em prática? Bom, o Ver. Dib argumentou que há lá os CARs. O nosso
não é CAR. Então não pode ser! Quem é que vai me convencer disso, de que vai
ser colocado em prática? Se ele mandou para cá dizendo que vamos ter
estruturados dois novos CARs, nós estamos fora! Então, não adiantou nada o
discurso, no ano passado, no Orçamento Participativo, de que não íamos ser
apenas um posto avançado, de que íamos ter um Centro Administrativo, porque a
região do Partenon tem cento e poucas mil pessoas, e a nossa região tem mais de
oitenta mil pessoas.
Eu estou colocando um exemplo, de onde eu fico
mais, porque conheço. Não é justo que agora nós fiquemos nessa limitação, que a
Câmara não se posicione sobre isso e não tencione para que, de fato, se coloque
em prática aquilo que estava junto com a discussão do Executivo, se o Executivo
não está cumprindo a sua parte. Se nós não pudermos argumentar e tentar mudar o
jogo, também por este instrumento, que é a Casa do Povo, então, Ver. Nilo, o
senhor está inventando uma nova moda. O senhor está me entendendo, Vereador? O
senhor sabe o respeito que eu tenho pelo senhor.
Se não pudermos derrubar um Veto, quando o Projeto
volta à Casa, porque é atribuição do Prefeito, o que nós estamos fazendo aqui?
Eu vou, sim, colocar a minha opinião, porque não é a ideia aqui do Prefeito
Fortunati. Eu tenho certeza de que foi muito mais ideia do Secretário Busatto
do que propriamente do Prefeito Fortunati, é a compreensão dele. Então, nós
queremos que o Prefeito, que nós acreditamos ser uma pessoa séria, verdadeira,
cumpra com o seu compromisso quando disse que o nosso Centro iria ser um Centro
Administrativo, sim, e hoje nós estamos fora. É por isso, Sr. Presidente,
senhoras e senhores, que eu vou votar com o Ver. Toni Proença pela derrubada do
Veto. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação do PLCE nº 012/10 com Veto Parcial.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, nós estamos correndo o risco de, daqui a pouco, sermos compelidos a
votar um Projeto de profunda repercussão na Cidade, porque, em um determinado
momento, Ver. Luciano Marcantônio, quando obviamente V. Exª não se encontrava
aqui na Casa, deixou-se correr um período de discussão sem as providências
devidas e iniciou-se a votação, e esse processo está comprometido no seu
discurso.
Hoje estamos vivendo um problema diferente, nós
temos um Veto do Prefeito que se funda numa proposição que ele encaminhou para
a Casa, dizendo que quer, no Centro Histórico de Porto Alegre, criar um serviço
de excelência - no Centro Histórico, Vereador. A proposta do Ver. Toni, vetada,
nem reconhece a figura do Centro Histórico; ela contempla todo o chamado Centro
de Planejamento, que ocupa desde o Moinhos de Vento até o Centro da Cidade,
passando pelo Menino Deus e outros tantos
bairros. Não. Eu já reconheci anteriormente que havia alguma imperfeição,
algo que não foi corrigido em tempo hábil na apresentação do art. 1º, mas quem
ler todo o Projeto vai observar que o objetivo é criar uma área de excelência
do serviço público aqui no Centro Histórico
de Porto Alegre. Basta ler os demais artigos; o art. 6º, por exemplo.
Então, vejam bem os senhores e as senhoras que nós
não vamos votar simplesmente mais alguma coisa em cima da regra do Orçamento
Participativo, que está desvinculado nesse processo. O Ver. Toni, na sua
proposta, não exclui nada e, obviamente, inclui também essa área. O Centro de
Porto Alegre, a área central, o Centro Histórico, está envolvido num conjunto
geral que envolve inúmeros Municípios que são excluídos deste Projeto, que fala
objetivamente do Centro Histórico. Ali adiante, o bairro Floresta não está
incluído; o bairro Independência não está incluído; o bairro Auxiliadora não está
incluído. Então, vamos deixar claro, a proposta foi fazer um Projeto especial
destinado ao Centro Histórico de Porto Alegre. Tudo o mais que for em contrário
a isso está fora do Projeto. Ademais, o Ver. Ferronato tem toda razão: a
determinação de outras providências é clara intromissão na competência
privativa do Prefeito, por isso a razão do Veto.
Voltei à tribuna, Sr. Presidente, com o objetivo de
deixar a posição muito clara. Sei o que eu estou votando, não se trata de
desejo de fazer oba-oba com o Prefeito, nem de antipatia ao Ver. Toni Proença.
Acho que a proposição tinha um claro objetivo, Ver. Sebastião Melo: criar uma
área de excelência no Centro Histórico de Porto Alegre. Os demais não são
objetos dessa proposição, porque sobre essa proposição o Prefeito falou
claramente quando trouxe o Projeto para cá. É um projeto-piloto, que eu espero
que dê certo, para ser estendido depois para o restante da cidade de Porto
Alegre. Por enquanto, o objetivo é o Centro Histórico da Cidade de Porto
Alegre! Ponto Final!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Em votação
nominal o PLCE nº 012/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO o Projeto por 07 votos SIM, 14 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO. Está mantido
o Veto.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente,
consultei os oradores sobre o período de Comunicações. Frente ao adiantado da
hora, proponho que V. Exª submeta ao Plenário a possibilidade de transferir
para a próxima quinta-feira o período de Comunicações.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Certo,
Vereador.
Ainda não encerramos
a Ordem do Dia, temos um Projeto para ser votado. Passo a presidência dos
trabalhos ao Ver. Toni Proença.
(O Ver. Toni Proença reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, em face do Requerimento
do Ver. Sebastião Melo, de transferência do período de Comunicações para a
próxima Sessão, solicito a V. Exª que o Requerimento seja votado agora, antes
de entrarmos no próximo Projeto, porque, daqui a pouco, pode não haver mais
quórum.
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Acato a sua sugestão, Ver.
Reginaldo Pujol.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Carlos Todeschini, o
Requerimento de autoria do Ver. Sebastião Melo, que solicita a transferência do
período de Comunicações de hoje para quinta-feira. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) Não obtivemos as 19 presenças.
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença – às 17h59min): Está
Encerrada a Ordem do Dia.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Quando V. Exª anunciou, eu estava com o braço
levantado. Eu quero requerer a renovação da votação, porque eu não consegui
votar.
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): Argumenta o Diretor Legislativo que não podemos
renovar a votação. Só na próxima Sessão, na Ordem do Dia.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): Solicito a abertura do painel eletrônico para
verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Não há quórum. Estão encerrados os trabalhos
da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 18h01min.)
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